sexta-feira, 1 de julho de 2011

Imagens que dispensam texto

As ilustrações de Pawel Kuczynski dispensam qualquer comentário, é para ver e entender. Sátiras inteligentíssimas do cotidino, da pólítica, da vida social, às vezes simples, outras vezes profundas e complexas. Fisguei essas duas da coleção numerosa do artista, as quais têm a ver com livros, leitura e contexto.



Ilustrações de Pawel Kuczynski, artista polonês que nasceu no ano de 1976 em Szczecin. Formado com especialização gráfica na Academia de Belas Artes de Poznam.

sábado, 25 de junho de 2011

Arquivos e Bibliotecas

As bibliotecas e os arquivos são organismos de informação e documentação que remontam à Antiguidade, quando ainda havia uma indefinição entre ambos. Nesse período histórico têm-se notícias da Biblioteca de Alexandria e da Biblioteca de Pérgamo, do Archeion, local onde se guardavam os papéis do governo (Roma e Grécia) e do Tabularium, situado no Capitólio, onde guardavam leis e documentos judiciais.

Os dois organismos sofreram mudanças de acordo com o período histórico. Na Idade Média as Bibliotecas eram situadas nos mosteiros e os Arquivos eram monásticos. No Renascimento, com a eclosão da classe dos enciclopedistas e da classe erudita em geral, tantos as Bibliotecas como os arquivos ganharam riqueza e organização. Na Idade Moderna surgiram as bibliotecas e os arquivos nacionais e na atualidade a informatização de ambos, disseminando a informação e facilitando a vida dos usuários.

Para Luciana Duranti e Cruz Mundet a gestão e o tratamento dos documentos podem remontar à constituição dos primeiros grupos sociais. Outros como Leopoldo Sandri, dão como origem o início da escrita, mais precisamente a sua difusão e o uso de material de escrita.

Para Pierre Levy a história tem 3 tempos: o tempo em que as pessoas só conversavam, com uma necessidade de contar histórias para que elas se perpetuassem nas gerações vindouras. O tempo da escrita, que mudou consideravelmente a cultura em razão dos processos de emissão e recepção, dando margem à interpretação e crítica textual. A oralidade ainda se prolongou, mesmo depois da escrita, até pouco antes da Renascença em função da necessidade de esclarecer os textos filosóficos, jurídicos e religiosos de difícil compreensão, funcionando como uma espécie de “mídia”. A informática que chega como o terceiro tempo uma tecnologia da inteligência que intensifica a escrita ao tempo em que a torna tão dinâmica e interativa, transformando-a quase num falar, como o que acontece nos chats, groupwares e listas de discussão e redes sociais do ciberespaço.

O fato é que a escrita revolucionou a Humanidade e as bibliotecas e os arquivos são frutos dessa evolução.

Hoje, com as duas ciências bem definidas Arquivologia e Biblioteconomia  e suas respectivas profissões, o posicionamento de cada uma é claro, sendo a principal diferença a forma pela qual as unidades de seu acervo são reunidas. Na Biblioteca essa forma caracteriza-se pela coleção intencional, ou seja, opta-se por obras de acordo com os usuários e finalidade de atendimento. Já nos arquivos existe um acúmulo natural, não intencional, dos documentos gerados pela pessoa (física ou jurídica), no desenvolver de suas atividades, cuja guarda é obrigatória para efeito probatório.

Esses organismos, promotores do conhecimento humano, através das informações neles reunidas e organizadas, sejam publicações em geral ou documentos primários são ambientes que propiciam o desenvolvimento cultural e científico para a sociedade.

E no meio disso tudo estou eu a atuar em ambos. Um lado meu é Arquivo, o outro é Biblioteca, um expediente é Arquivo, o outro é Biblioteca.






domingo, 19 de junho de 2011

Você já desengasgou com espinha de peixe?

E aí? Entendeu a questão colocada no título? Como desengasgar com a espinha de peixe? O normal não seria engasgar com a espinha de peixe?

Seria se não estivéssemos falando do Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito, Diagrama 6M ou Diagrama Espinha-de-peixe.

Existe um problema engasgado na empresa ou em casa, de difícil solução que você deseja resolver? Pois bem, desengasgue com “espinha-de-peixe”, com Ishikawa, o idealizador do Diagrama de Causa e Efeito.

Kaoru Ishikawa, da Universidade de Tóquio, criou o diagrama em 1943, mas somente na década de 60, com a introdução do conceito de Círculo do Controle da Qualidade, no Japão, foi que o diagrama serviu como uma forte ferramenta nos ambientes industriais, para analisar as causas em busca da solução do problema, objetivando sempre a qualidade do produto.

O diagrama ajuda a identificar, categorizar e interrelacionar as causas do problema, de forma sistemática e hierarquizada, facilitando a sua solução. E, quando bem internalizado pela equipe, pode servir para identificar antecipadamente uma oportunidade de melhoria, sem que o problema se inicie.

Para categorizar as causas, podemos usar os 6M (material, método, mão-de-obra, máquina, meio ambiente, medida) e identificar a falha em cada um desses grupos.

Para construir o diagrama, na cabeça do peixe, indicamos o problema (efeito), no corpo do peixe incluímos as espinhas principais (categorias) e nelas as espinhas secundárias (causas) e nestas as terciárias (subcausas). As categorias apenas auxiliam na descoberta, nem sempre todas estarão em evidência, vai depender do problema. Caso uma categoria se apresente como dominante, elabore um diagrama específico e se uma delas aparece de forma repetida nas categorias, isto poderá levar à raiz do problema.


Identifique as causas secundárias que afetam as primárias, depois, as causas terciárias que incidem nas secundárias e assim por diante, faça a leitura de tudo até que se obtenham os detalhes suficientes para solução do problema.

Em casa ou na empresa, convide todos os envolvidos para ajudar na construção do diagrama, utilizando a técnica de tempestade de ideias (Brainstorming), buscando sempre os porquês, até chegar à origem da causa do problema. Depois de construído, a visualização do contexto do problema é nítida e induz a sua solução.

A ordem é desengasgar, resolver!

Publicado originalmente em: http://www.pelosbaresdavida.com.br/ana_luiza.htm

sábado, 11 de junho de 2011

Das tabuletas cuneiformes aos tablets PC's: semelhanças nas diferenças

Há mais de 5.500 anos, o povo sumério que viveu na Mesopotâmia, já se preocupava com os seus registros e os fazia por intermédio de pictogramas, primeiras formas da escrita, que representavam formas de mundo. Registravam-se as necessidades de administração (cobrança de impostos, transações comerciais, heranças, registro de patrimônio, tais como cabeças de gado, medidas de cereais, medidas de terras, etc.), além de receitas, cartas pessoais, rezas, histórias. Esses ícones eram cunhados em tabuletas de argila, daí o nome escrita cuneiforme, em que o objeto gravado expressava uma ideia. E se os registros tivessem o caráter permanente, as tabuletas eram cozidas em fornos, do contrário eram recicladas. Com elas não era mais necessário guardar tudo na memória, o povo conseguia deixar o legado para as gerações futuras e também com elas nasciam as figuras do escriba e do leitor. A informação estava ali, não exigindo a presença de quem as detinha, era só recuperar.

Hoje um tablet é um tipo de PC de mão, de extrema portabilidade, em formato de prancheta eletrônica, com tela tipo touch-screen, ou seja, sensível ao toque, que é o dispositivo de entrada principal para acionar funções, programas, aplicativos, vídeos, livros, fotos e muitos outros registros. É só tocar nos ícones para fazer a interface de operação e o mundo se abrir. Esses dispositivos situam-se entre smartphones e notebook, netbooks, um misto de cada um com algo a mais. É a febre tecnológica da atualidade, que está sendo chamada por especialistas de "quarta tela" e pode ser utilizada para estudo, negócios, entretenimento ou, simplesmente, para se obter informação.

Mas, estamos falando de duas épocas tão distantes, de objetos tão diferentes, de contextos tão diferentes! Onde encontrar semelhanças, quando as diferenças são tão aparentes?

Tabuletas são de argila, de maior espessura, com superfície áspera e são muito pesadas em relação ao seu tamanho. Já os tablets utilizam materiais leves como o alumínio e a tecnologia de silício, têm superfície lisa de cristal líquido, espessura bem fina e são levíssimos.

É que as semelhanças são intrínsecas ao uso, senão vejamos.

Em ambos são efetuados e recuperados registros, os quais interagem com o usuário por intermédio de ícones, que representam alternativas de informação. A guarda desses registros pode ser temporária ou mais prolongada, dependendo da necessidade e eles podem ser acessados a qualquer momento.

Preservados e respeitados os respectivos contextos, amante da história como sou e fazendo a leitura das imagens abaixo, eu diria que os tablets voltaram, que resurgiram de 3.500 anos A.C, evoluiram com uma nova roupagem e performance, para a alegria de todos nós, que amamos tecnologia, portabilidade, comodidade e, sobretudo, informação.



domingo, 5 de junho de 2011

Bibliotecário de referência, quem não é?

Atire a primeira pedra, quem de nós, bibliotecários, não fica impaciente, com a sensação de dever não cumprido, por não corresponder a uma necessidade de informação de seus usuários.

É por essa razão que buscamos a resposta seja onde for, esteja ela onde estiver, mesmo que seja só um encaminhamento, uma indicação externa, um link, uma dica. É a biblioteca sem paredes, buscando informação na rede, por intermédio de outras bibliotecas, de outros bibliotecários e até de outros profissionais, tudo em função e em prol do usuário, centro do problema em questão. Eu diria, é a conspiração para o bem.

Por isso considero que, na sua essência, todo bibliotecário, é bibliotecário de referência.

É claro que, nas grandes bibliotecas, há a necessidade de manter o serviço com nome próprio e com equipe específica, daí estamos falando de algo que ganhou corpo e dimensão − o Serviço de Referência e, para atuar neste, os Bibliotecários de Referência.

Mas, afinal, o que é essa referência de que falamos?

Para qualquer dicionário, referência é o ato de referir ou consultar; narração ou relação de algo; aquilo que se refere; sinal ou indicação que remete o leitor a outra fonte; fonte de informação ao qual o leitor é remetido; obra em formato de dicionário ou enciclopédia, que contém fatos e informações úteis.

O assunto nos compêndios biblioteconômicos é bem mais antigo e complexo do que as definições acima, já sintetizadas na atualidade, remonta ao século IX, quando Samuel Sweett Green, em 1876, fez a primeira proposta explícita de um programa de assistência pessoal aos leitores, diferentemente da ajuda ocasional − o Serviço de Referência. E aí vierem outros estudiosos e teóricos da área que só contribuíram e ampliaram o conceito, tornando-o discutido na literatura, até os dias de hoje, isto porque agora, além do serviço presencial (face a face) temos a versão virtual, em que, por sua vez, estão em jogo outros conceitos.

Mas, o auxílio que o usuário precisa vai além da própria obra de referência, permeando todo um complexo de atendimento até o resultado da busca final. Portanto, é constituído da atividade fim resultante dos outros serviços realizados pela biblioteca (registro, catalogação, classificação, indexação), com o objetivo de atender as demandas informacionais dos usuários.

Conforme Grogan (1) , hoje exercemos o serviço de referência em seu sentido mais amplo, pois, o bibliotecário de referência, tanto cumpre as funções informacionais, como as funções instrucionais, educando o usuário a utilizar melhor os serviços da Biblioteca, principalmente a recuperarem a informação da qual necessitam. O processo ocorre em duas grandes etapas: análise da natureza do problema e localização das respostas e o autor definiu oito passos para esse processo:

1 O problema
É o momento em que o usuário sente necessidade de buscar alguém da biblioteca que o auxilie;

2 A necessidade de informação
É o que o usuário necessita, no entanto, isso em algumas vezes não está muito definido;

3 A questão inicial
É a busca do usuário pela informação, são as indagações que ele faz, na tentativa de recuperá-la;

4 A questão negociada
É o momento que o bibliotecário recebe do usuário suas questões;

5 A estratégia de busca
É o momento da intervenção do bibliotecário, quando ele faz a análise da necessidade do usuário e transcodifica para o sistema de linguagem do acervo, selecionando e localizando as fontes adequadas;

6 O processo de busca
É a procura das questões do usuário junto ao acervo, agora já adaptadas ao contexto;

7 A resposta
É o resultado da busca, que pode ser já a solução do problema se satisfazer à necessidade do usuário apresentada no início do processo;

8 A Solução
É a resposta sem qualquer dúvida para atender ao usuário e, se há dúvida, o processo se reinicia.

As tecnologias da informação estão aí, prontas para serem utilizadas e dar o aporte necessário para a eficácia e eficiência de qualquer serviço de referência e informação. Se nós bibliotecários, não nos sentimos bibliotecários de referência, é hora de correr atrás do prejuízo e ver o que está faltando em nossa formação (conhecimentos, habilidades e atitudes – CHA), pois, na nossa essência, devemos todos ser bibliotecário de referência enquanto atuamos, para que sejamos também uma referência de bibliotecário.


Entendeu o contexto da mensagem? Fez a leitura correta dos dois momentos, o primeiro genérico e amplo e o segundo específico e diretivo?

(1) GROGAN, Denis. A prática do serviço de referência. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 2001.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A Aventura do livro

Roger Chartier, em A Aventura do livro: do leitor ao navegador, ilustra a página 116, verso do capítulo A Biblioteca: entre reunir e dispersar, com a pintura de Carl Spitzweg, referenciando-a como um ávido leitor. Já o próprio autor da pintura, a denomina como O rato de biblioteca (Le rat de bibliothèque, em francês e Der Bücherwurm, em alemão). Eu o denominaria como o guardião do tesouro, que entre uma atividade e outra de seu trabalho, escolhe os livros que pode segurar para matar sua sede e curiosidade de informação. 
Questão de leitura, questão de contexto!

Nas páginas seguintes desse mesmo capítulo, ele discorre acerca do sonho da biblioteca universal, que remonta à Biblioteca de Alexandria,  com a ideia de reunir toda a produção de livros existentes num mesmo lugar e chega aos dias de hoje, com a realidade do texto eletrônico, que independe de lugar. No entanto, ressalta a necessidade de contextualizar a leitura de um texto eletrônico, saber da sua procedência de publicação, dos outros textos que o acompanham na publicação, etc., pois a experiência do leitor difere quando ele tem esses elementos, a construção do sentido é mais rica e completa.
Questão de leitura, questão de contexto! 

Recomendo a leitura do livro, o autor, um historiador do livro, aborda ainda a questão da preservação da evolução das formas da cultura escrita, a difusão e a proliferação dos textos, os novos suportes e mídias, a transferência de informação, dentre outras, que torna o texto dialético e reflexivo, além das belíssimas ilustrações.

 Carl Spitzweg
Le rat de bibliothèque, cerca de 1850.
Schweinfurt, coleção de Georg Schaefer

sábado, 7 de maio de 2011

Museu: cultura, história e memória



De 16 a 22 de maio de 2011 acontecerá a 9ª Semana Nacional de Museus com o tema "Museu e Memória". Eventos em todo o país ocorrerão promovidos pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/MinC) em comemoração ao Dia Internacional de Museus (18 de maio). No Ceará, a semana conta com o apoio da Secretária da Cultura do Estado do Ceará, por meio do Sistema Estadual de Museus – SEM/CE, com atividades acontecendo em 26 cidades e 44 instituições (museus, casas de cultura e centro culturais).

A programação completa está no folder, conforme região/cidade, confira.

Na verdade, museus, arquivos e bibliotecas merecem toda a nossa admiração. São instituições comprometidas com a preservação dos registros da humanidade. Apesar de preservarem a memória e disponibilizarem a informação, há diferenças básicas entre elas, no tocante ao tratamento dispensado ao documento. O contexto varia, conforme a leitura da finalidade de cada uma. Em postagem anterior já expus a diferença entre Arquivos e Bibliotecas, mas encontrei um trabalho bem completo da Profª Lillian Alvares, da Universidade de Brasília, que inclui os museus nesse paralelo. Para saber mais...

terça-feira, 3 de maio de 2011

Vou ali em Recife e já volto II


Final de semana intenso. Já por 3 anos indo festejar o aniversário de uma tia muito querida e revendo toda a família Lucena de Oliveira Cavalcanti, em Recife, desta vez, na companhia preciosa do meu caçula.

Aconchego familiar, mais lembranças e descobertas. O contexto permitiu para os afastados se chegarem e para os próximos ficarem ainda mais próximos. É o efeito do amor plantado na infância pelos nossos pais e cultivado pela nossa geração, na certeza de que perdurará com a geração seguinte.

Fazendo a leitura do ambiente, deu para perceber a energia positiva e a casa grande ficou pequena para tanta gente...!

O entusiasmo do momento já motivou o encontro do próximo ano.






sábado, 23 de abril de 2011

Pietá

Oportuno pelo momento, ressalto significativo souvenir que recebi recentemente do casal Pedro e Goreth, meu irmão e sua esposa, ambos estiveram de férias na Itália e, passando em Florença, cenário dos artistas do Renascimento, tiveram a lembrança de trazer uma réplica em miniatura da Pietà de Michelangelo, conhecida como a Pietà do Vaticano.

A Pietà (Piedade, em italiano) foi esculpida em mármore em 1499 e atualmente está localizada no interior da Basílica de São Pedro, em Roma. A Pietá representa a Virgem Maria com o corpo morto de Jesus, depois da crucificação.

A leitura que faço do objeto é a seguinte: no contexto da crucificação, perante os homens, o sofrimento de uma mãe como as outras, no contexto dos desígnios de Deus, superação, ascenção.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Falconi direto do blog da HSM

Transcrevo trecho inicial do segundo dia do Fórum HSM de Gestão e Liderança 2011, da seção do talk show com Vicente Falconi:


O professor Falconi abriu o bate-papo afirmando que está convencido de que já existe nas empresas uma quantidade de conhecimento muito grande. “O que falta nas empresas é execução, mas principalmente, fazer o que precisa ser feito. Nós precisamos começar a executar”. Para ele, as coisas simples podem ser executadas. “A cultura da não execução é uma coisa dramática, ainda mais quando existe a cultura da procrastinação. O fato fundamental é o seguinte: se eu não executar, nada acontece”.

Falconi explicou que o filósofo francês René Descartes escreveu o livro O Discurso do Método, por volta de 1600. Para ele, método é a busca da verdade para se atingir os resultados. “É você tomar decisões baseadas na verdade, entender e continuar”. Para ele, há as verdades mostradas na análise dos dados e fatos. E as empresas, na grande maioria, não trabalham com elas. As pessoas vivem tomando decisões, que custam milhões, baseadas em opiniões. Ele afirma que todo gestor deveria ler Descartes.

Leia a matéria completa.

Como admiradora de Descartes, não poderia deixar escapar essa recomendação que o renomado Falconi faz para a leitura da obra Discurso do Método, do fundador da filosofia moderna.

Descartes duvidou dos sentidos, do que via e do que ouvia, se deparou com um ser que pensa e que usa a razão e daí veio a frase "penso: logo existo".

As quatro regras do Discurso do Método são:

  1. VERIFICAÇÃO DA EVIDÊNCIA - Não aceitar nada que não seja evidente, evitando a prevenção e a precipitação.
  2. ANÁLISE - Dividir um problema em tantas partes quantas forem possíveis e necessárias. 
  3. SÍNTESE E ORDENAÇÃO – Ordenar o pensamento, partindo das coisas mais simples para as mais complexas. 
  4. ENUMERAÇÃO - Efetuar enumerações tão completas de modo a ter certeza de nenhum elemento ter sido esquecido.
O método de Descartes sugere seu uso para a execução, por isso a máxima de Falconi: “É você tomar decisões baseadas na verdade, entender e continuar”.
Segundo Falconi, os três fatores fundamentais para que se obtenham resultados extraordinários são: liderança, conhecimento técnico e método.
 
Acesse breviário sobre a filosofia de Descartes
 






quinta-feira, 21 de abril de 2011

Fazendo a análise SWOT dos arquivos empresariais em geral

Resgatei alguns escritos da minha equipe do Curso de especialização em Gestão de Arquivos Empresarias, pela FESPSP, para apresentar uma ferramenta do marketing, a análise SWOT, que aplicamos aos arquivos empresariais em geral, necessária para a construção de um plano de marketing.

Antes, fizemos uma pequena reflexão e pararelo entre o marketing e os arquivos, fazendo a leitura dos dois contextos.

Fazer arquivo e fazer marketing são atitudes que remontam aos primórdios da Humanidade.   Como ciências, ambas são recentes e, por essa razão, ainda estão em formação, constituindo conceitos e definições. Arquivo e Marketing estão diretamente ligados à mudança de tecnologias. Todos da empresa fazem Arquivo e Marketing no seu dia-a-dia, independente de se ter um departamento exclusivo. Arquivo e Marketing tiveram épocas bem definidas que foram se superando com o passar do tempo. Tanto o Arquivo como o Marketing se consolidaram de forma mais efetiva no século XX.

Fazendo a análise SWOT dos arquivos empresarias em geral:

Fatores Internos

Forças
  • É uma unidade que se articula com todas a unidades da empresa;
  • Trabalha com um produto estratégico e decisivo;
  • Outras unidades dependem do seu produto para desenvolver suas atividades;
  • Todos têm a consciência que a informação está no Arquivo;
  • Existe programas de treinamentos na empresa.
 Fraquezas
  • Geralmente, não é reconhecido oficialmente dentro da estrutura da empresa;
  • Conhecido de forma pejorativa;
  • Massa documental sem gestão;
  • Falta pessoal qualificado;
  • A ciência que fundamenta o Arquivo ainda está se consolidando e é pouco divulgada;
  • O produto do arquivo “informação” é um bem intangível;
  • O retorno como benefício também é intangível e não mensurado.
 Fatores Externos

Oportunidades 
  • Oferta de tecnologia para aplicação no arquivo;
  • Vive-se hoje a “Era da Informação”;
  • Fiscalização constante dos órgãos competentes;
  • Aporte direto para as atividades meio e fim;
  • ISO 9.001.
 Ameaças 
  • Aplicação da tecnologia como a panacéia para todos os problemas do Arquivo;
  • Obsolescência de tecnologia e equipamentos;
  • Mudança de administração;
  • Programa 5S.

Inter-relação dos Fatores Internos e Externos da Análise SWOT
Adaptado de: FERREL, O. C. et al. Estratégia de marketing. São Paulo: Atlas, 2000.

Traduzindo a figura, aliam-se as forças às oportunidades e vice-versa, para se obter maior grau de vantagem competitiva, algumas ameaças podem ser convergidas em oportunidades, desde que estudadas e exploradas estrategicamente, as demais devem ser eliminadas, assim como as fraquezas que não têm reflexo nas forças por si só, ou por interferência de uma força específica.

A Fraqueza falta pessoal qualificado pode ser eliminada pela Força existe programas de treinamento na empresa;
A Ameaça mudança de administração pode ser convertida em uma Oportunidade, nova administração, novos valores ou sensibilizar para tal;
A Força trabalha com um produto estratégico e decisivo associada à Oportunidade oferta de tecnologia para a aplicação no arquivo, resulta em mais competitividade e qualidade.

Faça e refaça sua análise SWOT, pois a leitura pode ser diferente em função do contexto empresarial que muda a cada dia, tanto em razão dos fatores internos, como dos externos.

domingo, 10 de abril de 2011

Organização e acessibilidade II

Em minhas visitas rotineiras às organizações, para fins de diagnóstico situacional, consultoria e/ou continuidade de trabalhos já implantados, tudo dentro do segmento de arquivo, estou sempre a me deparar com curiosidades, tanto na maneira de fazer arquivo (pessoas), como na forma de guardar os documentos (mobiliário). Em recente visita tive a surpresa de ficar à frente de um mobiliário bem peculiar e interessante (talvez comum, dependendo da leitura e do contexto de quem observa), provavelmente dos anos 70, haja vista a existência da empresa, no entanto, o design e a ideia de funcionalidade remontam a uma idade mais antiga. Trata-se de um arquivo horizontal, pois a superfície de maior área do documento repousa horizontalmente, mas de design vertical. A peça em madeira é muito prática, pela sua dimensão e pela acessibilidade às gavetas, cuja identificação de conteúdo pode ser feita externamente, facilitando à busca do documento. Pela altura mínima das gavetas, conclui-se que é aplicado para documentos em idade "correntíssima", que ainda necessitam de despachos, apreciação, ou mesmo que estão em trânsito. O mobiliário ainda dispõe de uma gaveta inferior de maior altura, em qualquer cantinho de sala se acomoda e dá uma elegância ao ambiente, diferente da frieza do aço. Vi, registrei e bloguei!

sábado, 2 de abril de 2011

Dia Internacional do Livro Infantil

Hans Christian Andersen,  escritor dinamarquês de histórias infantis, que escreveu 156 contos, é o patrono do Dia Internacional do Livro Infantil. Dentre suas obras destacam-se os clássicos:


O Patinho feio, O Soldadinho de chumbo, as Roupas novas do imperador, A Pequena sereia, A Princesa e a ervilha, A Pequena vendedora de fósforos, A Polegarzinha.
Quem de nós não se encantou com a leitura e as ilustrações das páginas dessas histórias e fábulas maravilhosas?
O prêmio "Hans Christian Andersen" é considerado uma espécie de Prêmio Nobel de Literatura do gênero infanto-juvenil. Ele é oferecido pela organização "Internacional Board on Books for Young People" todos os anos.

A data é comemorada em mais de 60 países e é uma tentativa de despertar nas crianças o interesse pela literatura.

No Brasil, o Dia Nacional do Livro Infantil, é comemorado no dia 18 de abril, em homenagem ao grande escritor brasileiro Monteiro Lobato. A data foi escolhida em 2002 pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, em alusão ao nascimento do escritor brasileiro José Bento Monteiro Lobato. Monteiro Lobato foi o criador da literatura infantil no Brasil, suas obras estão imortalizadas pelos personagens inesquecíveis de suas histórias infantis: Dona Benta, Visconde de Sabugosa, Tia Anastácia, Pedrinho, Narizinho e Emília, contextualizados no Sítio do Picapau Amarelo

Segundo a Wikipédia, a Literatura infantil constitui-se como gênero durante o século  XVII, época em que as mudanças na estrutura da sociedade desencadearam repercussões no âmbito artístico. O aparecimento da Literatura Infantil tem características próprias, pois decorre da ascensão da família burguesa, do novo "status" concedido à infância na sociedade e da reorganização da escola. Sua emergência deveu-se, antes de tudo, à sua associação com a Pedagogia, já que as histórias eram elaboradas para se converterem em instrumento dela.

Aqui faço o comentário referente à necessidade que surge em função do contexto.

No século XVII Fenélon (1651-1715), tinha a função de educar moralmente as crianças, para tanto, escreveu, De L'éducation des filles, primeira obra significativa em sua carreira de escritor e educador. O livro, solicitado pela duquesa de Beauviller para orientá-la na educação de suas filhas, alcançou grande sucesso, tornando-se obra de referência para as famílias da época, bem como texto de consulta para os estudiosos da pedagogia. Já o duque de Beauvilliers, designado "governador" do jovem duque de Borgonha - neto do rei e herdeiro presuntivo da coroa - escolheu Fénelon para o honroso cargo de preceptor do príncipe. Portanto, além de escrever a pedido da duquesa de Beauviller, Fénelon dedicou-se logo a trabalhar no sentido de corrigir o comportamento do príncipe por meio de fábulas, que ele próprio ia escrevendo.

É a partir do século XVIII que a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação especial, que a preparasse para a vida adulta.

Não posso deixar de lembrar das diversas obras infantis que li, me fizeram viajar em pensamentos e, de certa forma, contribuíram para a minha formação: Alice no país das maravilhas, O Patinho feio, a Pequena vendedora de fósforos, Emília no país da gramática, A Chave do tamanho, Reinações de Narizinho, Caçadas de Pedrinho, O Pequeno príncipe, Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel, etc., estas últimas dos renomados Irmãos Grimm. 


Nesse contexto de literatura infantil, também não posso deixar de registrar o livro de poesia infantil, "Juntando e desmanchando", concebido no seio da Escolinha o Cogumelo, pelos idos dos anos 80, de autoria da minha mãe.



quinta-feira, 24 de março de 2011

Blog com 3.000 acessos!

Leitura e contexto superou os 3.000 acessos no dia 24/03. Que bom! Há pouco mais de um ano iniciei este Blog. Ressalto a competição entre os visitantes de Portugal e dos Estados Unidos, que, à exceção do Brasil, conforme o Geovisite, lideram os acessos, hoje 49 e 48 respectivamente. Fica o convite para os demais países a fazê-lo, comentando, criticando, concordando, deixando seu recado, afinal leitura e contexto acontecem a toda hora, em qualquer lugar, com qualquer pessoa.

Seja um seguidor de Leitura e contexto!


domingo, 20 de março de 2011

Bar das Letras

Divulgo interessante ideia implementada no também interessante e peculiar site www.pelosbaresdavida.com.br, relacionada às letras, trata-se do "Bar das Letras", local cheio de contexto, "onde os fregueses bebem letras e se embriagam com textos". Esse é o recorte que faço de um trecho das comuns chamadas via e-mail que recebemos do criador e editor Altino Farias, que em si já é um primor de texto, uma das quais reproduzo na íntegra abaixo, para conhecimento de todos, possibilitando que também interajam com essa mania que vai dar o que falar. Você pode simplesmente acessar, fazer a leitura, deixar um comentário, criticar os textos ou até enviar textos, participe!!!


"Amigos Birinautas,

Roberto Paiva, incansável em suas palavras, continua a conversar no balcão. Idas e vindas, reflexões.

Enquanto isso Dennis chegou de longe. Ligou para o irmão Adriano, e informaram-lhe que o mesmo se encontrava num tal "Bar das Letras". Então ligou para o outro irmão, Reginaldo, e foi informado que se este também se encontrava no bar. Dennis não pestanejou, largou a bagagem e foi direto ao bar encontrar os irmãos e amigos. Sentou no balcão e contou sobre uma noite mal dorminda...

Renato passou em frente ao bar e ouviu aquela algazarra, típica de botequins. Um falava sobre o mundo corporativo, outro declamava uma poesia, outro comentava sobre política, outro sobre o carnaval e outro contou um "causo" daqueles....

Renato foi estacionar o carro, voltou e sentou no balcão. Meio invocado e pensativo, começou com um basta...

Acessem www.pelosbaresdavida.com.br , cliquem em "Bar das Letras" e leiam os novos textos publicados.

Nosso bar é um espaço autoral, onde os freguese bebem letras e se embriagam com textos. Participe como freguês "visitante", "colaborador" ou "provedor" (leiam o estatuto clicando na placa bronze). Lá tudo é democrático e livre. As portas estão abertas 24h por dia, os sete dias da semana, e sempre haverá um bom parceiro de papo à sua espera."

Altino Farias
Equipe do Pelos Bares da Vida
Criação&Edição

sábado, 12 de março de 2011

Dia do Bibliotecário


Neste dia do Bibliotecário, mais uma vez, exerci o dever de analisar, tratar, organizar e levar a informação ao usuário. Nosso encontro da qualidade "Consolidação do SGQ na MRH" atingiu seus objetivos, tivemos a participação em massa da equipe. Agradeço à equipe por isso.

E falando disso, é bom sempre frisar essa habilidade do profissional de Biblioteconomia, cada vez mais requisitado nos dias de hoje, em que se deve agregar valor à informação. De nada adianta tê-la in natura ou de forma desordenada, pois o tempo urge e precisamos dela para qualquer atitude e tomada de decisão. Muito em voga está o jargão “informação certa na hora certa”, torná-la acessível é o grande desafio diário desses profissionais, seja em escolas, em empresas, em tribunais, em hospitais, etc. A atuação do Bibliotecário transcende às paredes de uma biblioteca, ainda mais agora com as ferramentas tecnológicas que dispõe e com a parceria firmada com os profissionais de informática, em que juntos transformam a intangibilidade do virtual em algo possível de se consumir, independente do tempo e espaço.

Cabe a essa classe de profissisonais acompanhar essa dinâmica, saber lidar com essas transformações de suportes, de mídias, de tendências, para satisfazer as necessidades dos usuários, sempre se adapatando ao contexto, pois as dimensões de passado, presente e futuro estão muito próximas e difusas.

Bibliotecário, nossa profissão remonta à Antiguidade, é clássica, mas, ao mesmo tempo, é contemporânea, faça a leitura do seu perfil e confira se você está atendendo a essas demandas e ao contexto dinâmico atual, lembrando que sempre podemos melhorar o que nos propomos a fazer. Nesse dia de comemoração, além de comemorar, devemos refletir sobre o nosso papel e sobre a nossa contribuição para a sociedade.

Parabéns a todos os bibliotecários e bibliotecárias!



terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher


Mulher!
Conquistastes teu espaço, és reconhecida na sociedade. Nem de seda, nem de aço, és apenas realidade.
De ser não influente, ignorado e sem opinião, a cidadã atuante e votante, concorrente a cargo em eleição.
Da leitura de casamento arranjado, contratado e de dote, ao direito do homem amado ou a ficar só, conforme sua escolha ou sorte.
De quem estou falando?...
Da minha mãe, filha e irmã, das minhas primas, amigas, colegas e vizinhas, de qualquer mulher cidadã, das minhas tias, cunhadas e madrinhas, todas elas, sejam professora, médica, executiva ou artesã.
No entanto, muito ainda falta conquistar... 
Direitos iguais, para deveres iguais, salários iguais, para postos iguais.
Se é o mesmo contexto, vamos fazer a mesma leitura.
Vamos avançar! Queremos mais...
Pois ainda há quem diga: 
__ Conseguiu, apesar de ser mulher...
Vamos avançar! 
Há e haverá quem diga onde estiver:
__ Conseguiu, é uma grande mulher!
Os exemplos estão por aí...
De Maria, Mãe de Jesus à D. Maria, mãe de José.
Apenas mulher ou toda mulher?
Que digam os homens...

AnaLu




"Carnavais, malandros e heróis" no Carnaval 2011

Assistindo a pequenos trechos televisivos, abertos e fechados, do Carnaval 2011, ocorreu-me de lembrar do livro "Carnavais, Malandros e Heróis", de Roberto DaMatta, ao identificar muitos dos elementos que ele retrata na sua obra, denunciantes da complexidade da cultura brasileira. E mais... muita dessa cultura está representada pelo próprio evento, quando as escolas de samba buscam a riqueza da história (e até da fantasia), para retratá-la em passos e notas de samba.

No contexto das imagens e sons desses dias de folia, reconheci a corrida dos repórteres em buscar os "famosos" para entrevistas, em mostrar o homem comum desfilando em seu dia de glória ou aproveitando para "ralar" e ganhar alguns trocados a mais, em evidenciar as autoridades no exercício do poder e os eventuais marginais, que se aproveitam das falhas dessas instituições e, até de ressaltar as alternativas de fuga de outros, na busca de algo não profano, aproximando-se mais do Divino. Ou seja, cada um faz a sua leitura, conforme o seu contexto, ou cada um cria seu contexto, conforme a leitura que faz da vida.

Não estariam trazendo à tona os personagens (o malandro, o herói, o caxias, o renunciador), as estruturas, os aspectos e os espaços do livro de Da Matta?
A dicotomia entre o indivíduo e a pessoa, entre o mundo da casa e o mundo da rua, entre a autoridade/hierarquia e o "tudo pode", o "jeitinho brasileiro", entre o "Você sabe com quem está falando" e o Who do you think you are?” , dentre outras, revelam os dilemas do cotiano brasileiro.

Escrito há mais de 30 anos, apesar do contexto da ditadura militar, a leitura é tão atual, quanto referência para compreendermos um pouco do que é o Brasil, do que é seu povo, de como é seu caráter e sua cultura.

Longe de mim resenhá-lo nesse post, foi apenas um insite que me ocorreu neste feriadão, até porque tenho falado desse livro com meu irmão historiador, Armando Farias, apreciador das clássicas e boas leituras.


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Cartas para a posteridade: Américo Vespúcio

Lendo Novo Mundo: as cartas que batizaram a América, de Américo Vespúcio, depareime-me com o seguinte trecho:

"E, como me enfada prosseguir descrevendo tudo, [...]".

O referido trecho se sucede ao relato do primeiro caso de antropofagia ocorrido no Novo Mundo e às sucessivas escalas e voltas do navegador em contatos com muitos nativos, segundo notas de Eduardo Bueno. Fazendo a leitura dessa passagem, considerando aquele contexto de "navegar é preciso", quem não se enfadaria de ter a obrigação de registrar detalhes, explicações e até ilustrar o que era novo aos seus olhos ao meio de tantas adversidades? Ora, meu caro Vespúcio, não fossem suas cartas (mesmo com erros, exageros e imprecisões), como conheceríamos as descobertas, aventuras, venturas e desventuras de suas três viagens?


Disso tudo vimos a importância dos documentos de arquivo para a História da Humanidade e da Biblioteca para a sociedade, pois a leitura chegou as minhas mãos pelo Projeto Trocando livros e ideias, que promovemos pela Biblioteca da Faculdade CDL.