O que faz um escritor escolher uma biblioteca para ser o cenário de sua trama de ficção?
Afinal são tantos e tantos livros que usam bibliotecas como motivo ou pano de fundo, seja para o desenrolar de uma história policial, de terror, de aventura ou seja lá do que for... As bibliotecas são carismáticas e atraentes nesse sentido, haja vista a infinidades de títulos à disposição no mercado editorial:
"Terror na biblioteca", "Um corpo na biblioteca", "Morcegos na biblioteca", "Deu rato na biblioteca", "Mistério na biblioteca", "Encrenca na biblioteca", "Quem ajuda um gnomo & Um duelo na biblioteca", "Um rato na biblioteca", "Guerra na biblioteca", "Uma aventura na biblioteca", "Um general na biblioteca", "Pânico na biblioteca", "Assassinato na biblioteca", "A biblioteca mágica de Bibbi Bokken", "O dragão na biblioteca"...
Em poucos minutos, visitando sites de algumas livrarias detectei muitos deles, alguns até já esgotados.
Daí eu pergunto:
Será a familiaridade que temos com ela?
Ou
Será por ser um ambiente ainda desconhecido para muitos e, por isso, se torna curioso, atraente e cativante?
O fato é que os corredores, as estantes, as prateleiras e, essencialmente, os livros e seus autores se encarregam de tornar o ambiente convidativo.
Cheio de mistérios?
Ou
Que desvenda mistérios?
Imaginem a discussão que deve ocorrer à noite, no meio do silêncio, da quietude e da ausência dos usuários, entre os filósofos que se opõem, entre os cientistas em relação às novas teorias que refutam as anteriores, entre os autores de diversos países, uma verdadeira torre de babel na comunicação!
Ou
Talvez haja paz, quando no descanso do intelecto, os escritores buscam pistas dos seus leitores, tentando ouvir a alma de cada um, para sentir o que agradou ou o que desagradou.
Acho que essa é a questão: o ambiente é rico em detalhes, para cada escritor/leitor, um contexto, atendendo às duas tendências, conforme a leitura de cada um.
São tantos os títulos que incluem a biblioteca na sua descrição, mas ainda há e haverá espaço para mais outros tantos, pois o proprio autor é "vítima" da sua criatividade, ele, por sua vez, já foi e ainda é bom leitor e leitor que se preza viaja, garimpa, imagina, sente... E os que mais exercitam esses verbos se dão ao "trabalho" de registrar tudo minuciosamente, é daí que nasce o escritor.