sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Missão e Visão: também precisamos delas

Para a ciência administrativa é salutar que as organizações definam sua missão e sua visão, ambas são imprescindíveis, a primeira, para estabelecer um caminho a seguir, que dá direção e significado a sua existência (presente), a segunda, para alcançar um sonho, que representa de forma objetiva, o que a organização quer realizar nos próximos anos (futuro).

Enquanto a missão está alinhada para o ambiente externo, diretamente ligada à definição do negócio da empresa (o que), aos clientes que ela atende (para quem) e à forma para satisfazê-los (como), a visão é voltada para o ambiente interno, constituída de modo que contagie e incentive todos os que fazem a empresa a chegar nesse ponto, nesse futuro próximo. Portanto, é aspirar algo, mas de forma inspirada, para que seja possível sua concretização.

As empresas passam o ano executando o que foi antecipadamente planejado e fazendo os ajustes necessários para moldar as ações em função do contexto e das contingências. E quando o ambiente externo já não mais aceita o que foi planejado, é hora de ser mais radical e objetivo, fazendo nova leitura e traçando novo planejamento, se reposicionando, definindo novas marcas, produtos e serviços.

Da mesma forma ocorre no ambiente interno, que muitas vezes exige uma reestruturação organizacional, alteração e criação de cargos e funções, redefinição de processos, recolocação e contratação de pessoas.

Para a vida pessoal e profissional de cada um, há também de ser importante essa definição, todos temos um propósito na vida, não estamos aqui por acaso, temos uma missão, traçamos nosso caminho e podemos planejar nosso futuro, definindo aonde queremos chegar, desta forma estaremos direcionando nossos esforços para um ponto. É óbvio que isso não ocorre de forma tão fria e calculada como se dá nas organizações, mas contêm pequenos vestígios dessas características, principalmente nas pessoas mais financistas.

Quando nos situamos em nossa família, tratamos de conduzi-la de forma orientada, olhando para os seus componentes e para os que nos cercam em amizade e proximidade. Apesar de cada membro ter um objetivo específico, o objetivo geral é que todos vençam na vida e, para tanto, todos devem se ajudar mutuamente, sem a necessidade de concorrência como ocorre nas empresas, às vezes até de forma desleal e arbitrária. Ao escolher uma profissão, tratamos de nos aperfeiçoar nela, fazendo estágios e cursos, lendo e discutindo a respeito, dando o melhor de si.

Mas, se todos esses esforços não surtirem resultado, é hora de redefinir, de refazer o nosso planejamento pessoal e assim retomar a vida, pois de nada adianta lamentar, ninguém vai esperar por nós, pois o mundo continua a girar e não podemos ficar parados, principalmente nos dias de competitividade, de consumismo de globalização.

E para o Ano Novo, que tal ficar atento para a leitura e o contexto, olhando para a sua missão e conferindo sua visão?



Missão é compromisso,
Visão é desejo.
Missão é fazer isso,
Visão é cortejo.

Quando cumpro minha missão,
É hora de festejo,
Mais fácil chego à visão
E nada à frente vejo.

AnaLu

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Balanço de 2011


2011 está balançando para terminar.
Eu aqui na rede a me balançar
E a pensar no que passei...
Vou prá outra rede
E faço a leitura do que registrei:
O balanço foi positivo ou negativo?
Se balanço o ano para cá, vejo positivo,
Se balanço o ano para lá, vejo negativo,
Estou balançando entre aquele e este,
Se paro de balançar,
Surge um pequeno balancete.
Fiquei confusa, balançada,
Depende do contexto.
Voltei para a primeira rede,
Tornei a pensar no tal balanço,
Se foi positivo ou negativo,
Mas agora já não importa mais,
O ano está acabando,
De qualquer forma,
Mais azul do que vermelho.
Mesmo se balançar muito, nada vai mudar,
Tudo já está escrito no tal balanço,
Não vou mais me preocupar.
Agora vou comemorar,
Pegar uma terceira rede,
A rede de pescar
E fisgar para sempre,
O que me faz balançar,
Para entrar 2012
Com um novo balancear.

AnaLu

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

2 anos de leitura e contexto

O Blog Leitura e Contexto está fazendo hoje 2 anos. Em cada postagem você continua fazendo a leitura contextualizada das palavras leitura e contexto, a fim de provar que tudo depende da leitura que fazemos das coisas, das pessoas e dos lugares e do contexto em que vivemos.

Obrigada a todos pelas visitas!!!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Presente de Natal: recordações da infância

Resgatar lembranças de quando éramos crianças é algo indescritível, sobretudo, imensurável, no entanto, fabulosamente, todo esse arsenal de lembranças coube em uma caixa. Uma caixa especial, vazia fisicamente, mas cheia emocionalmente das melhores passagens e momentos das nossas infâncias.





Ganhamos de Natal, da nossa irmã Vita (Jovita), assim chamada carinhosamente por todos nós (eu, Fábio, Pedro e Armando) e Sinhá entre nós duas.


Apesar de cheia, é lá que ainda vou guardar as fotos dessa nossa infância conjunta, que, sob o patrocínio de nossos pais, nos fez pessoas realizadas e felizes. E dispensável será dizer que ainda terá espaço para muitas outras lembranças, é só olhar para as fotos estampadas na caixa...



sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal!!!

Ele nasceu e toda uma era começou... A Era de Cristo é de amor, de paz, de união. Vamos fazer novamente a leitura desse contexto singular, único, relembrando seus ensinamentos e viver com as bençãos do Senhor.

Feliz Natal a todos com a presença da Sagrada Família.

A Figura de um arquivista em "1808"

O livro 1808, de Laurentino Gomes, dá ênfase à figura de um arquivista, Luiz Joaquim dos Santos Marrocos, em vários trechos da obra. O personagem era funcionário da Real Biblioteca Portuguesa, que ficava no Palácio da Ajuda, em Lisboa, Portugal.

Segundo o autor, em 1807,  por ordem de D. João VI, foi incumbido de encaixotar os 600.000 volumes da referida Biblioteca, para embarcar junto com a Corte Portuguesa na frota que fugia do imperador francês Napoleão Bonaparte e atravessar o Atlântico, com destino ao Brasil.

Referido acervo somente foi despachado em 1811 em companhia do próprio Luiz Joaquim e foi a base para formar a atual Biblioteca Nacional.

A importância que é dada pelo autor a esse personagem é tanto pela sua participação e contribuição na construção do Brasil como país, como pelo fundo arquivístico que deixou como legado para a posteridade, rico em detalhes, permitindo que se conhecesse melhor a história dos dois países, Portugal e Brasil. 

No primeiro caso, O Arquivista Real, como foi chamado pelo autor no Capítulo 6 de sua obra, era responsável pelos manuscritos da Coroa Portuguesa, trabalhou como oficial da Secretaria de Estado dos negócios do Reino e como Encarregado da 'direção e arranjamento' das reais bibliotecas e, logo após a independência, tornou-se alto funcionário do governo do imperador Pedro I. Nesta função teve a oportunidade de registrar seu nome, como escriba, em vários textos burocráticos, inclusive na primeira Constituição do Império (1824) e na primeira lei de patentes (1830).

Além desse aspecto político-social, fazendo a leitura e considerando o contexto afetivo, creio que a maior contribuição se deu pelo fato de se converter ao Brasil, conforme capítulo 28, intitulado "A Conversão de Marrocos", quando muda sua opinião de repugnância ("...o pior lugar do  mundo, repleto de doença, sujeira, pessoas vagabundas, ignorantes e sem pudor.") e resolve ficar de bem, permanecendo no Brasil e divulgando suas maravilhas ("... um lugar bonito, acolhedor, de gente simpática e trabalhadora.").

No segundo caso, o autor ressalta as 186 cartas escritas por Marrocos ao seu pai e irmã, que permaneceram em Portugal, descrevendo as particularidades do Brasil, seu povo, seus costumes, a questão dos escravos, etc. Referido acervo foi preservado pelo pai na Biblioteca Real da Ajuda.

Além do Brasil em si, tamanha é a importância desses registros documentais, que o autor abre um novo capítulo, intitulado "O Segredo", para revelar um segredo, guardado por 200 anos, resgatado graças ao princípio da Arquivística de respeito aos fundos, mudando os rumos da história. Para conhecê-lo, só lendo o livro, excelente!


sábado, 10 de dezembro de 2011

O Serviço de Referência da Biblioteconomia e o CRM do Marketing

Já postei sobre o Serviço de Referência da Biblioteconomia e sobre o CRM do Marketing. Oportuno é  fazer a relação do primeiro com o segundo, uma vez que ambos têm em comum o atendimento ao cliente.

Ser proativo, antever necessidades, decifrar linguagens, estudar o cliente, indagar sobre necessidades, ouvir o cliente, verificar particularidades, fazer a leitura e entender o contexto, registrar dados, enfim... buscar e oferecer soluções para as necessidades dos clientes, isso é referência, isso é CRM.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

As 5 leis de Ranganathan na atualidade


Nos bancos acadêmicos da Biblioteconomia aprendemos a correspondência entre as 5 leis de Ranganathan com os objetivos de um serviço de referência e informação. No meu caso, já fazem 30 anos, mas, além da prática diária dessas leis no desenvolvimento da profissão, tive a oportunidade de revê-los na teoria, em curso de especialização, em 2008.

Tanto em função desse tempo de formada, como em função da própria criação pelo autor da publicação "The Five Laws of Library Science", que data de 1931, percebi que os escritos continuam tão pertinentes quanto antes.

Trazendos-os para o contexto atual, em que o que importa é a informação, independente do seu suporte, refiz a leitura dos escritos de Ranganathan e atrevi-me a reescrevê-los:

1 Os livros são para serem usados - enfatizando que o livro é um caminho para se chegar a um determinado fim.
1analu. As informações surgem e urgem para serem consumidas - enfatizando que devem ser estruturadas, processadas e aplicadas, para que atinjam um determinado fim.

2 Todo leitor tem seu livro - indicando que devemos conhecer nossos leitores para que o acervo seja para eles selecionado e preparado.
2analu. Todo usuário tem sua informação - indicando que devemos ser proativos e ficar atentos às necessidades informacionais de nossos usuários.

3 Todo livro tem seu leitor - apontando para a necessidade de divulgação do acervo junto aos usuários, assim o livro certo chegará ao leitor certo.
3analu. Toda informaçao tem seu usuário - apontando para a necessidade de termos uma sistemática de divulgação, conduzindo a informação certa para o usuário certo.

4 Poupe o tempo do leitor - ressaltando que devemos organizar o acervo de tal maneira que fique de fácil acesso a busca do livro, por meio da catalogação e classificação adotadas.
4analu. Poupe o tempo do usuário - ressaltando que devemos organizar, estruturar e processar a informação, para que chegue em tempo hábil ao seu usuário, poupando seu tempo.

5 Uma biblioteca é um organismo em crescimento - focando que devemos atuar no controle do crescimento do acervo, a partir de estatísticas, para verificação da necessidade de atualização em combinação com o espaço físico.
5analu. Uma rede de informações é um organismo dinâmico, em constante transformação - focando que devemos atuar com visão holística de crescimento, conciliando o físico e o virtual, de olho no ciberespaço, na obsolescência de suportes e na transcodificação, com vistas à eficiência e eficácia.




domingo, 4 de dezembro de 2011

Como vai o seu CRM?

A prática do CRM remonta à Antiguidade, óbvio, que respeitadas as devidas proporções e contextos. Sabemos que os fenícios, grandes comerciantes do Mediterrâneo, ofereciam os produtos conforme as necessidades de cada povo. O CRM é um antigo conceito do Marketing, que ganha força com a globalização, competitividade e novas tecnologias. Utiliza pessoas processos, mercado e tecnologia.

Traduzindo para o português, o CRM-Costummer Relations Management, Gestão de Relacionamento com o Cliente, é um sistema utilizado em marketing (mercadologia) para gerenciar as relações com o cliente, com o objetivo de buscar sempre a melhor forma de atender as suas necessidades, conhecendo-o cada vez mais em função desse contato permanente, atraindo-o e/ou mantendo-o fiel à marca ou aos serviços propostos.

Hoje, mais do que nunca, o CRM está presente no cenário empresarial, pois tem a tecnologia a seu favor para inventar e reinventar o processo, direcionando-o conforme as tendências de mercado. Mas, é muito comum nas empresas automatizar esse processo, colher as informações sobre o cliente, saber quais preferências, qual melhor dia de compra, quais são os membros da família, o que gosta de fazer etc. e, depois de constituído todo esse arsenal de informações, não saber o que fazer com elas, nem como fazer para utilizá-las.

Portanto, verificamos que o CRM é um meio para se chegar a um determinado fim, satisfazer o cliente e melhorar as relações entre fornecedor e cliente, ou seja, gerar valor agregado. Eficiência e eficácia andam juntas nesse sistema - a primeira, durante o atendimento e a segunda, com vistas ao sistema como um todo, à solução da necessidade do cliente.

Utilizando o CRM, o fornecedor verifica que determinado cliente faz compras insistentes de determinado produto, daí, o próprio sistema já aciona os meios para contatá-lo (aqui cabem vários canais - mídia eletrônica, impressa ou falada), oferecendo variedades e opções daquela linha de produto. Inadmissível é conhecer o cliente e oferecer o produto/serviço inadequado, o tiro estaria saindo pela culatra.

Hoje se torna quase que obrigatório a utilização desse sistema, haja vista os apelos diários da mídia impressa, falada, visual e, principalmente a eletrônica. Hoje tudo é oferecido na Internet. Para mudar de um serviço/produto para outro é por demais simples e descomplicado, caso não exista a fidelidade, a troca é fatal.

Cada contato com o cliente deve ser explorado ao máximo e este pode ser feito por quem está na ponta do processo, quem está literalmente atendendo e é aí que chegamos de onde queremos recomeçar:

E como vai o seu CRM?

Na família, no trabalho, na sociedade em geral, estamos sempre nos relacionando com pessoas, podemos dizer, com nossos clientes e fornecedores, exatamente porque somos/estamos na ponta do processo. Clientes, porque sempre estamos oferecendo algo para alguém (daí somos fornecedores), seja carinho, sentimento, informação, serviço, seja até mesmo um favor. Mas, quando nos posicionamos do outro lado, quando recebemos tudo isso, a leitura é outra, já passamos a ser cliente de outrem.

Nessas relações interpessoais, o processo é muito dinâmico, pois num mesmo momento podemos estar em uma posição ou na outra e ser um mau fornecedor pode implicar em conseqüências não muito agradáveis enquanto cliente. Isso não quer dizer que devemos sempre pensar em oferecer o bem, o certo, o melhor, pensando no seu retorno. O processo é natural, flui conforme nossas relações diárias, mas, se temos em mente o bem, a coisa acontece sempre ao nosso favor, mesmo que não seja imediatamente, mas o retorno positivo sempre vem.

Diferente do ambiente empresarial, em que se pode contar com uma ferramenta tecnológica para fazer esse gerenciamento, no ambiente social, como já foi dito, essa gestão é feita naturalmente e requer alguns mecanismos do nosso cotidiano, tais como lembrança, educação, cordialidade, atenção, empatia, gentileza e o tal feedback (realimentação: estímulo que provoca outro estímulo, em um processo).

Gerenciar os nossos relacionamentos é, sobretudo, gerenciar a própria vida, pois ela é recheada de pessoas, pessoas que ajudam ou atrapalham, que torcem a favor ou contra, que gostam ou não de você, não importa, o segredo é tratá-las uma a uma, conforme o contexto e suas peculiaridades de comportamento, de posicionamento e de pensamento.

O próprio Marketing se espelha nesse contato one to one (um a um) que fazemos durante o dia, ouvindo as pessoas do nosso círculo, percebendo suas atitudes e decisões, indagando sobre suas necessidades, interagindo de uma forma geral.

Por isso é que digo:

O CRM é do Marketing, é das empresas, mas, a priori, é das pessoas e da vida!


Publicado originalmente no Bar das Letras em: http://www.pelosbaresdavida.com.br/

domingo, 13 de novembro de 2011

"Como fazer apresentações em eventos acadêmicos e empresariais"

"Como fazer apresentações em eventos acadêmicos e empresariais" é prático, funcional e ainda ousado, o livro da Dra. Maria Helena da Nóbrega, pois traz para um mesmo plano os dois universos -- acadêmico e profissional, que, na maioria das vezes são tratados individualmente. Sem distinção, ela coloca em evidência o "contexto em que o domínio da palavra é prestigiado", por isso o considero merecedor da adjetivação que coloquei acima.

Quem já não se deparou com essa necessidade, de ter que se apresentar em público para proferir uma fala? Quem já não "tremeu nas bases" ao ter que fazê-lo?

A obra oferece subsídio para enfrentar o público em todos os sentidos, desde o planejamento, com a composição do conteúdo, escolha da roupa, recursos audiovisuais, até a forma de tratar esse público, controlando o tempo e fazendo a interação necessária. O texto geral vai ganhando corpo a cada capítulo, faz realces com chamadas de interesse, as quais são os pontos-chave da questão e finaliza com as dúvidas frequentes, um verdadeiro manual de dicas para se sair bem em um evento.

O livro vai além dos aspectos linguísticos, é óbvio que estes são essenciais, mas, sobretudo, mescla os outros tipos de comunicação, seja da própria fala, a do corpo, de expressões, de sentimentos, tudo isso com vistas à excelência de uma apresentação, no âmbito acadêmico e empresarial.

Eu já fiz a minha leitura e estou usufruindo de todo o conteúdo. Recomendo para aqueles que desejam se sair bem em uma apresentação!


sábado, 5 de novembro de 2011

O início de uma trajetória


Importante fazer essa introspecção para resgatar como a vida profissional foi se delineando ao longo do tempo.

Vocês podem perguntar: e por que isso agora? E eu respondo: Na semana que passou, exatamente sexta-feira, tive dois grandes motivos para essa reflexão.

O primeiro foi por ocasião do Seminário GED/EIM 2011 Gestão Eletrônica de Documentos & Enterprise Information Management, que participei na semana passada e lá encontrei colegas e amigas de profissão. O encontro nos fez lembrar que, em janeiro próximo, faremos 30 anos de formatura e, por conta dessa jornada, já iniciamos o planejamento para a comemoração.

O segundo foi em função de uma entrevista para atender a um estudante do Curso de Biblioteconomia da UFC, que está elaborando pesquisa de campo para sua monografia de conclusão de curso.

Pois bem... os dois fatos me reportaram ao início da minha trajetória na profissão.

Tudo começou quando, concursada pelo então Banco do Estado do Ceará, o nosso antigo BEC, fui lotada no setor "Conta Única", ou seja, a grande conta do Governo do Estado, que mantém reunidas as demais contas. Lá passei quase dois anos, mas, durante esse tempo fiquei atenta a alguma oportunidade que pudesse existir, para que eu atuasse na área, afinal era recém-formada. E, quando soube da existência de uma biblioteca no Departamento de Planejamento e Organização-DEPLO, imediatamento fui ao encontro dele, exatamente para falar junto à gestora, Dra. Laíze Lima de Menezes. Época em que, apesar da introdução da obrigatoriedade do concurso público, ainda reinava a velha cultura do cartão político para indicar favorecimentos. Sem ele, fui com a cara e a coragem. Entrei, conversei com a gestora e recebi um "não tem vaga", mas, ainda com a cara e a coragem, entreguei um pequeno papel com meu nome escrito, com a recomendação: "quando a vaga existir me procure". Um tanto audacioso para uma recém-admitida, recém-formada, de apenas 22 anos.

Passaram-se uns 6 a 8 meses e, em certa manhã, na divisória da Conta Única, eis que chega a secretária do Subgerente, já cansada de tanto subir e descer todo o prédio do Banco ("Prédio dos Peixinhos", como era chamado) e vai direto ao meu encontro dizendo:
-- Ai Aninha! Já fui em todos os andares e não encontro a pessoa, a Dra. Layse entendeu que tem uma funcionária bibliotecária aqui no Banco e quer de todo jeito que vá até ela, mas eu já procurei e não achei...
Daí sem pestanejar, eu disse:
-- Está falando com a própria!
-- Menina! É tu mesmo?
-- Eu mesma!
-- Taí, eu nunca ia saber, pois vai correndo no prédio do DEPLO que a Dra. quer muito falar com você.

Iniciei no DEPLO em 1984, atuando como bibliotecária, ainda sem comissão, esta veio em 1986, quando passei a gerenciar a Biblioteca Geral do Banco.

De lá para cá descrevo 15 anos como Bibliotecária no BEC, 12 como Bibliotecária empresária na Arquivus e na Universum.doc, 6 anos como Bibliotecária na FDH, 8 anos no Grupo MRH, primeiro como Bibliotecária Consultora, depois como Bibliotecária Analista de Projetos de Arquivo e 3 anos como Bibliotecária da Faculdade CDL, sendo estes dois últimos meus trabalhos atuais.



Foi muito bom relembrar tudo isso e compartilhar agora neste Blog.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Semana Nacional do Livro e da Biblioteca

Instituições de todo o país comemoram nesta semana que está se iniciando a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, cada uma com uma temática própria, conforme seu contexto, mas, independente do tema, o importante é o momento de riqueza intelectual, educacional cultural e social, que todas levam ao seu público, colocando a biblioteca e o livro em evidência, com o objetivo de incentivar a leitura.

Em particular estou envolvida com a Biblioteca da Faculdade CDL, da qual participo intensamente, com a temática "Venha blogar com a gente!", uma forma de trazer os leitores para a Biblioteca e de incentivar a leitura, utilizando a mídia social blog.

Além dos festejos e programações, é momento também de reflexão e discussão para investigarmos a quantas anda o cumprimento da LEI Nº 12.244 DE 24 DE MAIO DE 2010, que dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País. A Lei prevê, no mínimo, um título para cada aluno matriculado e que seja efetivada num prazo máximo de dez anos, respeitada a profissão de Bibliotecário.


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Infância e brincadeiras do fundo do baú II

Ouvir estórias, sim, assim mesmo, com essa grafia, naquela época havia muita diferença entre a estória de mentirinha e a história, aquela que se aprendia no colégio, era uma brincadeira e tanto.

Ouvia-se e imaginavam-se as cenas, tudo a partir dos sons, das falas, dos efeitos de contra-regra e até mesmo da própria ilustração da capa do "Disquinho". Viajava-se no mundo da estória e da fantasia, que sempre trazia uma lição de moral, incorporada de imediato às mentes e aos comportamentos.

Neste Dia da Criança presenteio as crianças de hoje com essa maravilha, com tudo de bom advindo dessa brincadeira. Os três disquinhos, dentre outros, faziam parte do acervo das crianças da família (Fábio, Vita, Ana, Pedro e Armando), "A Bela adormecida", "Festa no céu" e "Os Três porquinhos", estes, eu sabia de "cor e salteado" e enchia os ouvidos dos meus pais repetindo os trechos favoritos, a quem devo o gosto pela leitura e escrita.



Resposta inteligente: "Tablets são bem-vindos. Livros e professores são insubstituíveis."

O outdoor da Livraria Smile, em contra-ponto ao outro,  foi direto ao ponto. Professores, Bibliotecários, Bibliófilos, Editores, Livreiros, Estudantes, Instituições de Ensino, Adeptos da Tecnologia e a sociedade em geral agradecem.




Ele está de volta!

Refiro-me à espécie Iguana, pois o indivíduo já não é mais o mesmo, com certeza da 3ª ou 4ª geração. Foram identificados logo quando chegamos à casa, ainda em 1997. Acompanhados de outras criaturas naturais, tais como cassaco, sagui, cobra verde, falsa-coral e tijubina.

Pudera! Nas redondezas havia somente terrenos arborizados e com muito mato, contexto muito nativo. Mas, somente ele teve o previlégio de ser fotografado, quando se exibia dentro da sua camuflagem, ache se puder.

Passamos os anos de 2008 e 2009 em sua companhia, sempre indo e vindo, depois um retorno bem duradouro, desta vez um casal, se estabelecendo em um tronco, que, somente mais tarde, descobrimos ser um viveiro de cupins, contexto ideal para viver, daí o motivo de seu desaparecimento dos jardins, depois do extermínio dos insetos, foi essa a leitura que fizemos do fato que envolveu o casal Ig e Guana.


2008





2009




Em 2010 ausência total, mas, eis que em 2011, ele está de volta! Desta vez muito jovem, ainda irá crescer muito... Passeia de um lado para outro do muro em busca de alimento.

No meu jardim tem dessas coisas!



2011




domingo, 25 de setembro de 2011

Para ler e escrever basta estar vivo.

A leitura das coisas advém das diversas sensações e para escrevê-las, não necessariamente, precisamos vê-las, faça a leitura das cores das flores conforme o seu contexto.




sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pôr do sol: término ou início?



Um pôr do Sol discreto, acomodado, este que registrei no meu Nokia ao descer a minha rua by car .

Ele estava lá, no fim da rua, na linha do horizonte, no ponto que a vista alcança, concluindo mais um ciclo na leitura de quem já viveu o dia que está terminando, de quem já cumpriu ou está prestes a cumprir suas obrigações do dia. No entanto, para aqueles que usam a noite como turno de trabalho, ou mesmo de diversão, o sinal é apenas para dizer: fiquem atentos, a noite está chegando...!

É o ocaso, que, caso estejamos do outro lado do planeta, a leitura é alvorada, não por acaso, questão de contexto!

E lá vou eu mais um dia, descendo a rua, para iniciar um outro ciclo de trabalho.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Há 50 anos...

Momentos distantes de mesma leitura, mas de contextos diferentes. Há 50 anos...!

Escolhas: questão de leitura e contexto!


"Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das conseqüências." 

A frase foi atribuída a Pablo Neruda, no entanto, verificou-se no site, a partir do comentário de um leitor, que a atribuição é falsa, portanto, foi corrigida aqui.



Quem já não teve que fazer uma escolha na vida?
Todos nós, não é mesmo?
Pois bem...

Nossas escolhas são concretizadas depois que fazemos a leitura de cada uma das opções de caminhos que a vida nos oferece, às vezes, de caso bem pensado, outras vezes, por impulso, no entanto, em qualquer um dos casos, com certeza, pesa o contexto. E depois disso, resta-nos arcar com o que vem em decorrência dessa escolha. Se fazemos uma boa escolha, bons frutos virão, se nossa escolha for inconsequente, insensata, colheremos frutos apodrecidos. Mas, se essa má escolha serviu pelo menos para nos ensinar a fazer novas escolhas, talvez tenha sido ainda uma boa escolha, mas se continuamos a não perceber isso, merecemos sofrer todas as suas consequências. E, se essas consequências se restrigem a nós mesmos, também digo, menos mal, mas, se deixamos atingir o outro, somos prisioneiros por duas vezes, pois mais difícil será se desvencilhar dessa situação.

Essa frase caiu como uma pluma aqui nesse espaço de leitura e contexto, em outras palavras eu traduziria para a questão do livre arbítrio, quando Deus deixa o homem livre para tomar suas decisões, sendo responsável pelos seus atos.

Mais consciência na hora das escolhas!

sábado, 10 de setembro de 2011

Ideias se completam e transcendem ao tempo



Como viver na atualidade sem novas ideias, sem inovação? Impossível, estaremos condenados ao esquecimento à superação por outrem, em função da competitividade e do próprio contexto tecnológico, mutável e gradativo a cada dia, que se instaurou nas últimas décadas. No entanto, essa preocupação advém de alguém que ainda não tinha experimentado tudo isso, mas que tinha uma visão futurística sublime.

Da Vinci (Sec. XV e XVI) já falava ao mundo dessa necessidade, efervescente na época, não pela competitividade, pois o contexto era outro, estava ele inserido na era das grandes descobertas e invenções e sua performance por demais eclética  cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico, lhe proporcionava a condição de se preocupar com o novo. Era, sobretudo, um observador, daí esse recorte de seu pensamento:

"É preciso observar;
É preciso pensar;
É preciso ter idéias.
Engana-se muito
E realiza o nada
Aquele que pensa pouco."

Saltamos agora para os séculos XX e XXI, com Peter Drucker e percebemos a mesma preocupação com o novo, desta vez realmente inserida no seio da competitividade de mercado, da globalização, tão familiar ao pai da Administração Moderna.

"Todas as inovações eficazes são surpreendentemente simples. Na verdade, o maior elogio que uma inovação pode receber é haver quem diga: isto é óbvio, por que não pensei nisso antes?"

Como dois pensamentos tão distantes entre si no tempo e na sociedade podem se completar e serem tão verdadeiros e atemporais?

Leituras semelhantes para contextos diferentes. Fazendo a leitura do segundo pensamento, vimos que se reporta ao ato de observar, de pensar do primeiro e este ao ato de realizar do segundo, porque não basta ter uma nova ideia, é preciso colocá-la em prática, e aí estamos falando da inovação. Peter Drucker inovou criando "conceitos que fizeram da gestão um campo legítimo de estudos acadêmicos" (Raúl Candeloro) e incluindo a própria inovação como uma necessidade, uma regra na atualidade.

As pessoas e as empresas que estão ilhadas na sua mesmice estão fadadas ao esquecimento. Fazer diferente essa é a nova regra, para não ter que assistir a concretização de uma ideia que você concebeu e não implementou ou para não ter que se perguntar:

"─ Por que não pensei nisso antes?"

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Independência!





Independência!
Será? Onde está?
Fazendo a leitura, ainda há pendência,
Pendência de saúde, de educação, de habitação...
Ainda há tráfico de influência,
Ajeita daqui, ajeita dali, você sabe com quem está falando?
Herança colonial, fardo ainda atual e com muita fluência,
Deixemos de lado, não consideremos.
Consultando o cerne da questão, a veia da essência ,
Resta-nos buscar mais, sempre mais,
Cada um no seu contexto, com consciência e paciência.
Contribuir, dedicar-se e construir,
Seja na sociedade, na ciência ou na docência...
Todos são uma nação, não a deixemos na mão,
Nada de resistência, violência, nem maledicência,
Se a cada dia edificarmos, a cada dia é de ficarmos
Com mais liberdade, mais plenitude, mais independência.
Povo heroico e de braço forte,
Esbanja benevolência e obediência.
Burrice? Panaquice?
Não. Sabedoria! Inteligência!
Com passividade, sem arbitrariedade, queremos:
Do político, eficiência!
Ouve o nosso brado silencioso.
Do governo, consistência!
Somos filhos que não fogem à luta.
Do mundo, evidência!
Somos gigantes pela própria natureza.
Uma nova leitura, Independência! 


AnaLu

domingo, 4 de setembro de 2011

Não vamos exagerar! "Tablet substitui livros."

Apesar de a mídia e os cidadãos já terem explorado o suficiente a mensagem do outdoor veiculada na cidade de Fortaleza, de suas críticas e da réplica da instituição educacional com suas explicações a respeito, vejo-me na obrigação de postar alguma coisa aqui nesse espaço de leitura e contexto.

O fato é que, quem fez a leitura levou literalmente ao pé da letra (aqui a redundância é proposital).

A mensagem está solta, fora de contexto e deu no que deu. No entanto, se o objetivo era chamar a atenção, conseguiu. De repente foi até bom, pois muitos refletiram a respeito, inclusive a própria instituição.

Alguns links na rede no meio de tantos outros:

http://www.rafiado.com/2011/08/tablet-substitui-livros/
http://twitteam.me/wp/2011/08/%C2%ABtweetar-campanha-publicitaria-%E2%80%9Ctablet-substitui-livros%E2%80%9D-httpmigre-me5wywm/
http://www.sincopedigital.com.br/2011/08/tablet-substitui-livros.html
http://blog.opovo.com.br/formulageek/tablets-vao-substituir-os-livros/
http://www.orkut.com/CommMsgs?tid=5641815662183660007&cmm=1651309&hl=pt-BR
http://fun.ly/u6nv
http://professorvirtual.org/blog/blog/tag/tablet/
http://blogs.diariodonordeste.com.br/target/tag/tablet/
http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/tablet-substituir-o-livro-so-no-aspecto-fisico/
http://www.aridesa.com.br/blogs/tablet/

Como vemos, os links acima são provenientes de várias mídias, todas válidas, blog, facebook, twitter, jornal, cada uma dentro do seu contexto. O mesmo podemos considerar para os livros impressos e digitais acessados por eletrônicos e tablets.

Viajando pelo passado, já vimos esse filme antes em relação ao rádio, cinema e televisão. Digo que há espaço para tudo, devemos ter o cuidado somente com o efeito da obsolescência. Conservando a tecnologia para o fabrico e acompanhando a evolução, tudo pode ser conservado para a alegria de todos os gostos. Mas cabe aqui o realce para o livro tradicional, este só requer a visão, nada de aparatos e sofisticações, totalmente acessível e por isso continua esbajando charme com suas variedades encadernações, capas e ilustrações.



Mensagem mal elaborada?
Respondo: sim.


O espaço dessa mídia é pequeno por demais e não cabe mensagem mais explicativa? 
Respondo: nem tanto. 

Haveria outras opções para representar o que realmente a instituição queria dizer?
Respondo: sim.

Quais opções seriam essas?
Respondo várias:

  
Com três palavras, tal como a mensagem original: 
  • Tablet inclui livros.
  • Livros em tablet.
  • Ari usando tablet. 
  • Tablet: mochila leve.
  • Tablet: livros presentes.
  • Ari tabletando livros.
Com até 8 palavras, conforme recomenda a técnica de propaganda em outdoor: 
  • Material didático em tablet.
  • Tudo em um tablet.
  • Toda leitura que você precisa no tablet.
  • Apostila, livro, notas de aula... tudo no tablet.
  • Sistema educacional Ari de Sá em tablet.
  • Futuro já presente: tablet!
  • Ari presente no futuro: tablet!
  • Vá de tablet e tenha todos os livros.
E tantas outras, é só parar cinco minutos e pensar na questão que flui naturalmente.

Na verdade o tablet é um instrumento que viabiliza a leitura de livros digitais. É um suporte tecnológico de alta performance, que, além dessa função de armazenar e acessar livros, existem outras mil, é fascinante, tudo a um simples toque.

Outras postagens em leitura e contexto já abordaram essa questão:

http://leituraecontexto.blogspot.com/2011/08/retorno-e-respeito-as-origens.html
http://leituraecontexto.blogspot.com/2011/06/das-tabuletas-cuneiformes-aos-tablets.html 
http://leituraecontexto.blogspot.com/2010/07/vendas-do-livro-digital-e-sucesso-do.html

O uso do livro tradicional impresso e do tablet como instrumento de acesso a livros digitais vai depender do contexto, o que é relevante nesse caso é a leitura e o conhecimento dela resultante, essa sim deve ser exaltada em primeiro plano.


E viva o livro e a leitura, em todos os seus aspectos!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Os 4P's da nossa vida

Em marketing quando falamos dos 4 P’s estamos nos referindo ao composto de marketing, ou seja, os elementos que juntos compõem as atividades de marketing, originalmente do inglês: Product; Price; Promotion; Place.

Ocorreu na década de 40, quando o Professor Neil Borden, de Harvard, sugeriu a expressão "mix de marketing" querendo se referir às atividades dos profissionais de marketing. Mais tarde, tentando simplificar, Jerome McCarthy criou uma forma prática para facilitar a compreensão das atividades do Marketing e resumiu nas quatro palavras que começavam com a letra P.

O composto de Marketing ficou imortalizado mundialmente como “Os 4 P’s do Marketing”. Para manter o indicativo na sua forma original, os países procuraram fazer a tradução para sua língua mãe, conservando a letra “P” inicial, buscando palavras equivalentes ao sentido da língua inglesa.

No Brasil as atividades que definem o Marketing foram denominadas como: Produto, Preço, Promoção e Praça, que têm os seguintes significados:

a) Produto
Bens, Serviços e Idéias, com suas características, marca, design, embalagem, etc.), que significa satisfazer às necessidades dos consumidores com qualidade;

b) Preço
Valor pago pela melhor relação custo x benefício (incluindo descontos, prazos de pagamento, etc.);

c) Promoção
Propaganda do produto, venda pessoal, promoção de vendas e a divulgação;

d) Praça
Distribuição física, transporte, armazenagem, etc.), refere-se aos canais de distribuição para tornar o produto acessível ao mercado.


Diversos outros autores já tentaram agregar mais P’s aos 4 P’s, mas, Philip Kotler, uma das maiores autoridades em marketing da atualidade, ratifica os quatro elementos e a teoria continua mais viva do nunca. Quem estuda Marketing há de se deparar com os 4 P’s e, tudo mais adiante, fatalmente, girará em torno deles.

Os 4P’s representam uma teoria sedimentada de tal forma que já existem analogias em outras áreas:
• Os 4 P’s da educação dos filhos (Proteção; Punição; Permissão; Potência);
• Os 4 P’s da internet social (Pessoal; Profissional; Privado; Público);
• Os 4 P’s da Administração (Pessoas; Processos; Produtos; Parceiros).

Mas, voltando aos 4 P’s do Marketing, Philip Kotler, define o composto de Marketing como:
[...] “o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado alvo”.

É por intermédio dos 4 P’s que as empresas constroem suas estratégias de marketing para conquistar e se manter no mercado.

E, para a estratégia, temos uma máxima do general, estrategista e filósofo chinês, Sun Tzu (544 a.C), autor do livro A Arte da guerra, muito estudado e aplicado na atualidade, na área de Administração:

“Estratégia é a arte ou ciência de saber identificar e empregar meios disponíveis para atingir determinados fins, apesar de a eles se oporem obstáculos e/ou antagonismos conhecidos."

A definições dos autores aqui colocadas são propositais, contextuais, para verificarmos que podem ser aplicadas às vidas das pessoas. Estamos sempre nos organizando e nos preparando para viver a vida, sempre temos metas a cumprir por intermédio de objetivos estabelecidos e é comum nos depararmos com obstáculos, os quais buscamos vencer a nossa maneira, construindo estratégias específicas para cada um deles.

Trazendo esses quatro elementos para a nossa vida, para o nosso contexto, podemos fazer a seguinte leitura:

Produto: eu, o que sou, como sou, o que sei fazer, o que tenho, minha performance, minhas características, meus diferenciais diante dos outros.


Preço: minha conduta, minha ética, minha moral, minhas condições de aceitar/recusar algo, de fazer ou não fazer algo, tudo que é diretamente proporcional ao produto.


Promoção: minha abertura para as coisas que me cercam, minhas relações interpessoais, minhas ações, meu comportamento, a maneira como me exponho na sociedade, minha interação com o meio, meu marketing pessoal.


Praça: o meio onde me situo para me expor e mostrar o que sou, o que tenho e o que sei fazer para atender às necessidades desse meio (dos outros, na família, empresa onde trabalho, grupo social que frequento, religião que professo).




Depois dessa exposição é bom verificarmos como andam os nossos P’s, se precisam ser equilibrados, afinal, sempre estamos buscando melhorar e nada adianta ter um bom preço se não há promoção, ter uma excelente praça, mas o produto não é confiável, portanto, vamos à luta, mexer no mix de marketing e, se preciso for, correr atrás do prejuízo.