sábado, 22 de janeiro de 2011

A voz da Foz

Quanta beleza!
No contexto exuberante,
Maravilha da natureza!
Leitura de simplicidade.
Cataratas da Foz do Iguaçu,
Abençoada cidade!
Água dobrando, água respingando,
Água espumando, água falando.
É a voz da Foz.
Foz do Iguaçu,
Rio lá do sul,
Lugar sem igual,
Rio majestoso,
Som maravilhoso,
É a voz da Foz,
Pura beleza,
Presença de Deus,
Pura natureza.
Paisagem de cartão postal,
Imagem sem igual.
É a vez da Foz.
Visitei e amei.

AnaLu

 
















por Mario Chaves

domingo, 9 de janeiro de 2011

1 ano de leitura e contexto

Passou e nem me dei conta! Em 27.12.2010, Leitura e contexto completou 1 ano de postagem, inaugurando o espaço com a postagem Calímaco de Cirene: http://leituraecontexto.blogspot.com/2009/12/calimaco-de-cirene.html. Penso que consegui me manter fiel ao tema proposto e, para não perder o costume, digo que cada postagem foi concebida de acordo com o meu contexto vivenciado e espero que cada leitor tenha feito a leitura a seu modo, conforme o seu contexto.

Infância e brincadeiras do fundo do baú


_ Ana Luiza!...
_ Estou ocupada fazendo comidinha para a Keka, ainda tenho de levá-la para passear de carrinho e só depois é que posso me sentar na entradinha e posar para a foto.

Brincadeira de criança nos idos dos anos 60 era comum no jardim, cuidado pela minha mãe, da Casa da Gentilândia, construída pelo meu pai, onde eu e meus irmãos passávamos ricos momentos da infância, ainda hoje na memória, na saudade, lá no fundo do baú. O bom de tudo isso é o contexto do registro fotográfico, que, milagrosamente, traz de volta as lembranças, com direito a clima, cheiro, cenários, sons e até sentimentos, leitura completa da infância.

Infância feliz, infância completa, infância cheia de graça, graças a Deus e a meus pais.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Balanço de Bibliotecária e Arquivista

Nesse ano fiz vários registros,
Uns manuscritos, outros impressos,
Alguns em mídias especiais -- eletrônicos e até digitais.
Cataloguei e descrevi pessoas, lugares e eventos,
Respeitando sempre o princípio da proveniência.
Para pessoas e lugares,
Dei entrada pelo nome,
Apesar de desrespeitar algumas normas de autoria coletiva,
Para os  momentos, os quais se constituem dos dois,
Entrei pelo título.
Classifiquei-os como bons, ruins e mais ou menos,
Alguns até tombei, de tão importantes,
Com direito a depósito legal,
Outros, tive que desbastar,
Ora remanejando, ora descartando.
Tive ainda o cuidado de indexá-los,
Afinal, como recuperá-los?
Depois arquivei-os na memória,
Uns em prateleiras bem acessíveis,
Outros bem guardados, lá no alto,
Exceto os correntes,
Que de tão efêmeros, não deu tempo para fazê-lo.
E os periódicos, que vão e voltam?
Esses tive que revivê-los.
Aqueles, os mais importantes,
Ficarão em arquivo permanente,
Assumindo valor sentimental.
E, como a memória tem memória,
De vez em quando, recorrerei ao fichário,
Para buscá-los e relembrá-los.
Estou agora a fazer o inventário
Do meu fundo arquivístico
E percebi que o acervo cresceu,
As aquisições foram maiores que as perdas,
Que bom!
Das pessoas, tive que criar a subclasse de amigos,
Dos lugares, muitos ainda a visitar...
Dos momentos...
Há! Esses tenho que descrevê-los em seis níveis,
Tal como manda a norma,
Afinal a vida é feita de muitos deles:
Uma grande biblioteca dos que quero colecionar,
Um grande arquivo dos que se acumulam incondicionalmente.
Enfim...
Todo ano é assim, sai um e entra outro,
Mas, essa é a especial leitura,
Que faço do meu  rico contexto,
Com toda a graça e lisura
De ser Bibliotecária de formação
E Arquivista de coração!

AnaLu

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Olha 2011 aí gente!

Prosperidade? Repartir com bondade!
Conquistas? Que venham às vistas!
Sucesso? Não em excesso!
Saúde? Em toda sua plenitude!
Paz? Sempre contumaz!
Dinheiro? Para o ano inteiro!
Realizações? Com boas intenções!
Tranquilidade? Em qualquer idade!

Que essa leitura de 2011 invada seu contexto, Feliz 2011!!! 

***

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Contagem regressiva para as...



Mais um ano de trabalho intensivo. Finalmente o período tão esperado -- férias! Estou contando os dias para esse início, principalmente pela conciliação, quase total, dos dois trabalhos e pelo contexto das festas de fim de ano. Maravilha é fazer a leitura dessa palavra!
Não que desgoste do trabalho, pelo contrário, sou partidária de Cortela, mas é que uma vez por ano, o corpo e a mente precisam.


A ideia de trabalho como castigo precisa ser substituída pelo conceito de realizar uma obra (CORTELA, 2010).

***

domingo, 12 de dezembro de 2010

Prediletos da infância

Hoje mexendo na estante deparei-me com três títulos fabulosos. Cássicos da literatura infantil, que tive a iniciativa de comprá-los e apresentá-los aos meus três filhos, cada um na sua época, no seu contexto. O Verde Gaio, Pele de Asno e o famoso Peter Pan. Maravilhas de leituras! Tesouros que guardamos cheios de boas lembranças, lembranças da infância, dos momentos de descobertas de cada um deles e da caminhada como leitores.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Educação pela sensibilização

Depois de insistentes pichações, sempre a cada nova pintura, o Pichador resolveu dar trégua. Pudera! Foi educado pela sensibilização. Os proprietários resolveram mudar de estratégia, pintaram mais uma vez e fizeram algo mais - afixaram uma placa, mandando o recado:

"ATENÇÃO
SR. PICHADOR
A cada mês que esse muro permanecer limpo, a MRV e a Magis doarão uma cesta básica para uma creche ou instituição de caridade da sua cidade."


Dentro desse contexto, passei a verificar e torcer diariamente pela manutenção do muro pintado, que fica na minha rua. O fato é que, pelas minhas contas, o muro sem pichação já está fazendo aniversário e com isso todos serão beneficiados: os proprietários, o patrimônio, a Instituição que receberá a doação, a sociedade e, sobretudo, o Pichador, que, educado pela sensibilização, aprendeu a lição. 

Fazendo a leitura do ocorrido, entendemos que, diante desse contexto de mudança de foco, ou seja, o centro das atenções não é mais a pichação e sim a doação, o Pichador perdeu o seu objetivo principal, mudou de decisão, para não ser responsável pela não entrega da cesta básica.

São ações criativas e inteligentes como essa que levam a coisa adiante, nada de violência. Parabéns às duas empresas, MRV Engenharia e Magis Incorporações pela iniciativa, pelo diálogo silencioso com o entorno. A vizinhança agradece.

O empreendimento faz parte do Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV  que é um programa do Governo Federal em parceria com os estados e municípios, gerido pelo Ministério das Cidades e operacionalizado pela CAIXA. O objetivo do Programa é a produção de unidades habitacionais, que depois de concluídas são vendidas sem arrendamento prévio, às famílias que possuem renda familiar mensal até R$ 1.395,00.

domingo, 5 de dezembro de 2010

No meu jardim IV

Hoje fui dar uma voltinha no meu jardim e tive uma ótima surpresa - o pé de acerola (Malpighia emarginata) está com a primeira acerola. Bendita ela que foi tão esperada! Ganhei a muda em dezembro de 2008, quando executava, na sede do BNB, no Passaré, o trabalho de revisão no plano de arquivo daquele Banco. O presente foi da funcionária Glória, também amante das plantas, há poucos dias daquele Natal. Que venham muitos frutos!



Também dei uma apreciada em outras plantas do meu jardim. A dracena de vênus ou coqueiro de vênus (Dracena fragrans) está bem cheia de folhagem depois da última poda.


Outra folhagem que se desenvolveu bastante depois que saiu de um pequeno vaso foi a espadinha de São Jorge (Sansevieria trifasciata), agora no canteiro da entrada está em maior quantidade e com maior porte.


E com relação à floração, o jasmim manga vermelho (Plumeria rubra) floresceu pela primeira vez.


Já o hibisco amarelo e vermelho (hibiscus rosa-sinensis) e o buganvile rosado (Bougainvillea glabra) estão sempre florindo.




Nesse contexto de plantas, flores e jardim, lembro de alguns autores e faço a leitura, incluindo também a minha mãe, amante das plantas, de quem herdei essa maravilha.



Todo jardim começa com uma história de amor. Antes que qualquer árvore seja plantada ou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma. Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles (Rubem Alves).

O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você (Mário Quintana).

Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente (Henfil).


Uma flor é sempre uma flor, quer nascida em rico jardim, quer nascida no lago, na campina. Todas, primeiro botão, depois desabrocham para a vida (Maria da Conceição Farias, Concita).
***

sábado, 4 de dezembro de 2010

A força dos estagiários


Quem já não foi estagiário um dia? Recordo-me dos meus dias como tal na Biblioteca do SESC da Praça São Sebastião, em Fortaleza, sob a tutela das Bibliotecárias Zildene e Francisca e na companhia das colegas Denise, Mônica, Cefisa e Concita. Seleção criteriosa, afinal, a bolsa era excelente, sem falar na oportunidade de estagiar na conceituada instituição. Tempo bom! Aprendemos muito. Foi lá que organizei o primeiro catálogo, ainda em fichas datilografadas,  fiz minha primeira apresentação junto ao público usuário, dei minhas primeiras opiniões como aspirante à bibliotecária e que pude ler O Manto Sagrado, com mais de 800 páginas...

Hoje me vejo cercado deles, tendo a oportunidade de orientá-los na futura atividade profissional e também de aprender com eles, fazendo a leitura do modus operandi de cada um, conforme o contexto, podendo extrair o que há de novo e o que está efervescente.

Enfoco nessa postagem a atuação das atuais estagiárias do Curso de Biblioteconomia da UFC Dadylla e Lianna, ambas da Biblioteca da Faculdade CDL, onde atuamos. Na foto o encerramento "do Projeto Trocando Livros e Ideias", de autoria da Dadylla, que comemorou a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca de 2010. Na logo do projeto, a presença incógnita e simbólica da estagiária Manuela, que em breve passagem deu sua contribuição e hoje está em vias de colar grau. 

 


E não podia deixar de citar os outros que já passaram pela Biblioteca, em ordem: Fátima, Neto, Edson, Érico, Marcella, Renan e Vanessa, além da galerinha do Projeto Primeiro Passo, estudantes do Ensino Médio, Jamilly, Jéssica, Thiago e Felipe.

"Acender o fósforo repetidas vezes"



Vou utilizar aqui um recurso de referenciação bibliográfica da ABNT para citar Érico Veríssimo. É o "apud", ou "citado por", pois não tive acesso direto a sua obra, mas, Ignácio de Loyola Brandão, em matéria de O Estado de S. Paulo, veiculada em 19 de novembro de 2010, o faz com muita propriedade, integrando-o de forma harmoniosa ao seu texto.



Desde que, adulto, comecei a escrever romances, tem-me animado até hoje a ideia de que o menos que o escritor pode fazer, numa época de atrocidades e injustiças como a nossa, é acender a sua lâmpada, fazer luz sobre a realidade de seu mundo, evitando que sobre ele caia a escuridão, propícia aos ladrões, aos assassinos e aos tiranos. Sim, segurar a lâmpada, a despeito da náusea e do horror. Se não tivermos uma lâmpada elétrica, acendamos o nosso toco de vela ou, em último caso, risquemos fósforos repetidamente, como um sinal de que não desertamos nosso posto (VERÍSSIMO, apud BRANDÃO, 2010).
 

Na matéria, o escritor fala do seu testemunho em algumas cidades do Brasil, junto aos trabalhos insistentes, incansáveis e inovadores de alguns profissionais, que, mesmo em condições adversas, em contexto não favorável, conseguem envolver alunos com a escrita e a leitura. Extraio parte do texto em que, desabafando, o escritor homenageia Professores e Bibliotecários, agentes incansáveis dessa tarefa tão difícil em nosso país, a de fazer leitores e sujeitos críticos.



Há por essa imensidão do Brasil, sim, há, centenas de professores e bibliotecários idealistas lutando para realizar alguma coisa contra currículos esquisitos, diretores obsoletos, normas mal formuladas, entraves burocráticos, kafkianos, incompreensões. Porém, eles vão em frente (BRANDÃO, 2010). 


À amiga Sandra Cabral, Bibliotecária, que me enviou a matéria e que está sempre alerta em "acender o fósforo repetidas vezes", junto a comunidade de bibliotecários. Leia a matéria completa.

E você, já teve que acender fósforos repetidas vezes? Se não, ainda é tempo, faça a sua parte!



BRANDÃO, Ignácio de Loyola. Acender o fósforo repetidas vezes. Estadão.com.br/cultura, São Paulo, 2010. Disponível em: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101119/not_imp642080,0.php. Acesso em 04 dez 2010.

De volta à rede!


Retorno à rede, depois de um tempão afastada. Não que deixasse de acessá-la, afinal, impossível trabalhar hoje sem ela, mas é que sem o amigo note fica mais difícil de fazer o que se tem vontade, tipo... acessar redes sociais, pesquisar qualquer coisa sem compromisso, estudar, ver as postagens dos amigos de rede, fazer a leitura do contexto atual e tudo mais. Agora sim, me sinto novamente completa.
E viva a rede!!!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sabedoria

"Tudo tem seu tempo e até certas manifestações mais vigorosas e originais entram em voga ou saem de moda. Mas a sabedoria tem uma vantagem: é eterna."  (Baltasar Gracián)

Sabedoria se dá com leitura e contexto.
 

domingo, 31 de outubro de 2010

Biblioteca - linha do tempo em poesia

Ela,
Já foi mais tardia, mais sombria,
Apenas os registros mantinha,
Não atendia, nada fazia.

Ela,
Já existiu na tirania e na democracia,
Recebeu filósofos e escribas,
Quem lia e quem escrevia.

Ela,
Já foi mais almejada, mais alvejada,
Foi motivo de incêndio e de guerra,
De quem lutava e de quem comandava.

Ela,
Já foi mais onerosa, mais poderosa,
Serviu a reis e a príncipes,
De forma orgulhosa e honrosa.

Ela,
Já foi mais fria, mais vazia,
Abrigou monges e frades,
Quem agradecia e quem pedia.

Ela,
Já foi mais fechada, mais brava,
Não permitia movimento nem fala,
De quem chegava e freqüentava.

Ela,
Já foi mais vigiada, mais controlada,
Negou informação e conhecimento,
Para quem buscava e precisava.

Biblioteca,
Hoje é fantástica e democrática,
Serve ao estudante e ao professor,
Quem tem prática e didática.

Biblioteca,
Hoje é órgão receptor e divulgador,
Para quem busca e pesquisa,
Serve ao leigo e ao pesquisador.

Biblioteca,
Hoje é aberta e da massa,
Funciona todo dia e toda hora,
É de quem recebe e de quem repassa.

Biblioteca,
Que já foi mineral e animal,
Evoluiu e expandiu,
Hoje é vegetal e até digital.

Biblioteca,
Atende à diferença e à igualdade,
Não há discriminação nem restrição,
Abrange a comunidade e a diversidade.

Biblioteca,
De tão mágica é eclética,
Trabalha árdua e diariamente,
Na linha do direito e da ética.

Biblioteca,
Se ainda não está na sua vida,
Busque encontrá-la em algum lugar,
Jamais esquecerás dessa ida.

Biblioteca,
Não só física, como também virtual,
Entre, pise ou navegue,
Para crescer, é essencial!

Biblioteca,
É toda leitura, é toda texto,
Vá, busque, consulte!
Encontrarás resposta para o contexto.

AnaLu
***
Ana Luiza Chaves encerrando a comemoração da Semana Nacional do Livro e da Biblioteca 2010.
***

Vamos às urnas!



Fazendo a leitura do contexto


Recebemos (eu e meus irmãos) do amigo Paulo Régis, arquiteto como nosso pai, essa caricatura carregada de contexto, representando o arquiteto professor no exercício da profissão. Além de nosso amigo, Paulo Régis fora aluno dele nos idos anos 70 e sabemos que até hoje mantém admiração pela sua atuação. 

No texto de envio, Paulo Régis comentou que nosso pai fora apelidado pelos alunos de "Eixinho", com certeza, advindo das peculiaridades da disciplina de Descritiva, que lecionava na Faculdade de Arquitetura, na Universidade Federal do Ceará. 

Fazendo a leitura da imagem, vejo a intelectualidade e o profissisonalismo e, mesmo diante de tanta seriedade, efeito dos óculos e do bigode acentuados, consigo ler por trás do apelido, o carinho e a proximidade dos alunos.

Agradecemos ao amigo Paulo Régis por essa lembrança de nosso pai, Arquiteto José Armando Farias!


sábado, 30 de outubro de 2010

Semana Nacional do Livro e da Biblioteca - 25 a 29 de outubro

Biblioteca não é só o coletivo de livros. É um organismo vivo e dinâmico, que consegue reunir e preservar o conhecimento registrado, tudo de forma ordenada. São corredores de conhecimentos, prontos para serem absorvidos. Centenas de obras, do mais simples guia até o tratado mais complexo. Cássicos da produção literária e científica, estão todos alí,  sistematicamente classificados e indexados.

A Semana Nacional do Livro e da Biblioteca - 25 a 29 de outubro, foi comemorada em todo o Brasil por diversas universidades, escolas, empresas, etc., que fizeram alusão à importância dessa entidade, sobretudo à questão da leitura.

No meu contexto enfoco a Biblioteca da Faculdade CDL e parabenizo os nossos leitores, que buscam, por intermédio da leitura, a melhoria contínua para o seu contexto. E represento abaixo esse trabalho com montagem sugestiva da estagiária de Biblioteconomia do Curso da UFC, Dadylla, que tenho a honra de compartilhar ricos momentos de troca de experiências. A construção foi feita a partir de uma doação de 66 livros da aluna do Curso de Gestão Comercial Julia Ratts.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Dia do Arquivista


Ressalto e parabenizo o trabalho do Arquivista, sem ele não há gestão documental nem gerência da informação. Sem leitura não há contexto.

Sem dúvida, a memória é uma dimensão inerente ao campo arquivístico, mas os arquivos não são apenas lugares de memória. [...] A memória no espaço arquivístico só é ativada, porém, se em tais lugares de memória forem gerenciados também lugares de informação, onde esta não é apenas ordenada, mas também transferida. Se a memória não é neutra, muito menos a informação (JARDIM, 1998).

Parabéns a todos os arquivistas!


domingo, 17 de outubro de 2010

CHA

-- Você está precisando tomar um cha de competência!

Para os mais desavisados este chá seria uma bebida mágica para transformar incompetência em competência ou algo do tipo "vá alí na esquina e volte competente".

Nada disso!


Essa é uma analogia feita por algum líder que trabalha em ambiente de gestão da qualidade, tentando enfatizar que algo precisa ser feito, de preferência ingerindo, para o efeito ser mais eficaz, dada a necessidade premente de mudança. Treinar, desenvolver ou tomar outras ações para atingir a competência necessária e, nos casos sem êxito, o inevitável turnover. Refiro-me ao criterioso CHA da ISO 9001-2008, criterioso mas não impossível, haja vista as inúmeras empresas que aplicam, elaborando a matriz de competências, para a gestão de pessoas.


COMPETÊNCIA = CONHECIMENTO + HABILIDADE + ATITUDE
Ser competente é saber, saber fazer e querer fazer. Esse novo referencial está direcionando o mercado, as empresas e deve direcionar qualquer um de nós que atua profissionalmente, pois de nada adianta só conhecer (cognitivo), tem que ter a habilidade para por em prática o conhecimento (psicomotor), agindo sempre proativamente, com vontade de gerar resultados (afetivo). E atitude não se ensina, é comportamental, precisa de motivação, depende de contexto. Portanto, cada profissional deve fazer a leitura do seu CHA, monitorando e sabendo dosar os três ingredientes: a essência da erva, a água e o açucar.



domingo, 10 de outubro de 2010

I Workshop sobre Representação do Conhecimento Registrado em Suportes Analógicos e Digitais - UFC

Abri a minha fala no I Workshop sobre Representação do Conhecimento Registrado em Suportes Análogicos e Digitais, promovido pelo Curso de Biblioteconomia da UFC, com os seguintes trechos, os quais representam com muita abrangência o conteúdo que apresentei.
Metade do conhecimento consiste em saber onde encontrá-lo. (JOHNSON, 1775) 
Compreender as estruturas dos conhecimentos registrados onde elas existam e auxiliar no processo de estruturação onde não existam. (DAVINSON, 1980) 
É fácil estabelecer diferenças entre ambos, mas sempre permanece uma área de interpenetração, às vezes até uma área de conflito. (CAVALCANTI, 1988)








Discorri sobre Indexação em arquivos e bibliotecas: semelhanças e diferenças. A escolha do tema foi em função do trabalho que exerço com indexação nas duas vertentes: arquivos e bibliotecas. Ressaltei na figura abaixo, que representa o processo de indexação, o papel mediador do indexador, que canaliza as informações dos documentos para o usuário em atendimento, fazendo sempre a leitura para entender o contexto.



Como vemos na figura, o processo como um todo ocorre de forma semelhante em ambos, no entanto, quando analisamos ponto a ponto, percebemos pequenos detalhes, conforme o quadro abaixo.



Com relação aos princípios da política de indexação, verificamos a total semelhança.




Retornando ao início, pontuamos: não adianta termos muito conhecimento disperso se não houver uma forma de reuni-lo e colocá-lo de maneira estruturada para a pronta recuperação pelos usuários -- esse é o papel da indexação -- seja em arquivos ou bibliotecas. 

Indexação, uma questão de leitura e contexto! 

Participei do evento a convite da Profª. Drª. Virgínia Bentes Pinto.

domingo, 12 de setembro de 2010

Estátuas imóveis, mas pensantes

À margem de um rio, encontra-se uma fileira de estátuas. Não se movimentam, mas têm olhos e enxergam. Têm ouvidos e são capazes de ouvir. E pensam. Talvez vejam umas às outras. Estão isoladas, mas, percebem que algo acontece do outro lado do rio. Pensam, meditam, mas, é impossível ver o que está acontecendo por lá. E assim, cada estátua forma sua opinião, que provém da sua própria experiência. Ela enxerga, ouve e pensa. Mas é imóvel. Está só e não tem meios de se convencer. O abismo é intransponível.

ELIAS, Norbert. A Sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994, p. 96.

Se você está em contexto qual as estátuas da citação de Norbert Elias, ainda há tempo para transpor o abismo, faça a leitura correta, mova-se!

sábado, 11 de setembro de 2010

Sede de leitura

"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer, mas, por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede."

Carlos Drummond de Andrade

Um livro? Uma caixa-livro!


Ganhei e adorei!
Leitura de livro, leitura de caixa, no contexto, uma caixa-livro!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Setembro e Outubro

7 de setembro!
Dessa história já sabemos:
“Mãe gentil”...
“Garbo varonil”...
“Morrer pelo Brasil”...

3 de outubro!
Desse dia queremos saber:
Quais muralhas vamos vencer?
Quais grilhões vamos romper?
Quais horizontes vamos ter?

31 de outubro!
Desse dia em diante queremos ser,
Povo livre de “temor servil”,
Filhos contentes da “mãe gentil"
Nação independente sem futuro hostil.

É possível com os candidados que circulam?
Conheça o contexto público em que atuam,
Faça a leitura de cada ente,
Seja livre e independente,
Vote consciente!

AnaLu

sábado, 4 de setembro de 2010

Haja insensatez!

Tamanha insensatez!
Tamanha rigidez!
Tamanha estupidez!
Diante de tanta clareza,
Diante de tanta nobreza,
Onde está a lucidez?

Por certo, longe do coração,
Longe do alcance da visão,
Longe da razão...
E, quando menos se esperar,
Tudo detonará,
Tudo terá sido em vão!

Não haverá mais constância,
Nem tão pouco aquela ânsia,
Para completar tal curso,
Eis que o eu é maior que o chão...
Restará a desolação:
Leitura errada de contexto,

Que desilusão!

AnaLu
 
***
Algumas frases da web selecionadas sobre insensatez:

 "A insensatez é sem dúvida irmã da malvadeza." (Sófocles)
"É próprio da insensatez apontar os defeitos dos outros e esquecer-se dos próprios." (Cícero)
"Os insensatos, que acreditam serem sábios, são inimigos de si mesmos; fazem más ações, das quais, por fim, só colhem frutos amargos." (Textos Budistas)
"É insensato quem, perseguindo o que está longe, abandona o que já está ao seu alcance." (Hesíodo)
"Que é mais insensato do que preferir o incerto ao certo, o falso ao verdadeiro?" (Cícero)

***

domingo, 15 de agosto de 2010

Dentro da (des)ordem, a ordem!

Paradoxal? Não, real. Parece existir, à primeira vista, uma aparente oposição entre ordem e desordem, no entanto, fazendo a leitura, tentando compreender a dita desordem, é que se percebe que nada está ali por acaso, pois, por trás da aparente desordem, existe uma ordem, uma justificativa para tal coisa, talvez uma lógica, não havendo, portanto, a desordem absoluta. Quando então empreendemos uma certa ordem a algum contexto, estamos, na verdade desfazendo a outra ordem préexistente, a que chamamos de desordem, em outras palavras, quando não se enxerga ordem é porque a ordem que se pretende ver não é a ordem existente, mas outra ordem.

A ordem de um ambiente pode ser conquistada em contrapartida à desordem de outro. Portanto, é questão de leitura e de contexto. Em outro caso a ordem pode ser aleatória para uns, mas significativa para outros. Alguém já lhe disse: "não mexe não, que eu sei onde está cada coisa!". E é isso mesmo que acontece. E há ainda aquela situação em que a ordem da desordem já não mais atende, ou porque de tanto usar e não manter essa dita ordem, acabou-se por criar-se uma nova (des)ordem ou porque mudou o contexto de interesse. Nesse caso transformar essa (des)ordem em ordem é tornar a coisa acessível.

Ordem e desordem são tratadas na biologia molecular, entropia dos sistemas termodinâmicos, sistemas probabilísticos, teoria do caos e em outros estudos bem complexos, na esfera das teorias científicas. Nesse espaço pretendo apenas expor o que ocorre no meu contexto de trabalho, que lida com esses contrapontos.

Trabalho diariamente com a ordem, e a ordem do dia é sempre essa: "dentro da desorganização, há uma organização, procurem entender primeiro para só então manipular os documentos."

Na Arquivística deve-se preservar a ordem original dos documentos no contexto do seu produtor, ou seja, a ordem em que o arquivo foi se compondo a partir dos procedimentos e dos fatos que foram ocorrendo, é o princípio de respeito aos fundos, em que é aplicada a manutenção da sua ordem original, estabelecida por quem os criou. Ocorre que às vezes essa ordem original encontrada não é a ordem original, pois alguém já veio antes e fez alguma intervenção. E há casos também que a ordem original não é a ideal para se manter alguns arquivos, cabendo aqui a intervenção consciente aliada sempre ao contexto do produtor.

Selecionei algumas frases da web sobre ordem/desordem, e podemos ver que cada autor tem a sua lógica em relação à ordem/desordem:
  • "Para o sábio tudo é ordem, o néscio acha desordem em tudo." (Marquês de Maricá);
  • "A hora de estabelecer ordem é antes de entrar a desordem." (Textos Taoístas);
  • "A ordem é o prazer da razão: mas a desordem é a delícia da imaginação." (Paul Claudel);
  • "A ordem traz luz à memória." (Cícero );
  • "Não devemos deixar entrar a desordem onde há ordem." (António de Oliveira Salazar);
  • "Ordem, contra-ordem, desordem." (Napoleão Bonaparte);
  • "Ordem é a disposição que atribui a cada uma das coisas iguais ou díspares o seu lugar." (Santo Agostinho);
  • "A desordem é o melhor servidor da ordem estabelecida." (Jean-Paul Sartre);
  • "A ordem dos elos mudou, mas a corrente continuou a ser uma corrente." (Gianni Rodari);
  • "Não há nada mais difícil de realizar nem mais perigoso de controlar do que o início de uma nova ordem de coisas." (Nicolau Maquiavel);
  • "Debaixo de uma aparente desordem e confusão, tudo é ordem e harmonia, na terra entre os viventes, como nos céus entre as estrelas. " (Marquês de Maricá).


domingo, 8 de agosto de 2010

Dia dos Pais




A meu pai,

Sempre vivo na minha memória, no meu contexto, mesmo não mais presente neste mundo, meu agradecimento pela minha existência, pela minha educação e por todo esforço e carinho dedicados nos breves quatorze anos em que convivemos juntos. A leitura que faço daqueles memoráveis anos é de muita ternura, alegria e união, que, apesar de breves, foram de qualidade.

Ser pai

É ser forte, mesmo não sendo, é saber de tudo, mesmo sem saber, é ter a solução para os problemas, mesmo sem ter noção de como resolvê-los. É ainda superar todas as adversidades, pensando sempre no bem estar dos filhos. É errar, quando a intenção era de acertar.

É brincar de filho com os filhos, é responder a cada pergunta começada por papai..., é dar proteção e carinho para quem precisa.

Ser pai é, às vezes, ter que ser mãe, pela força das circunstâncias.

É saber fazer a leitura correta de cada filho, porque um é diferente do outro, é ter o seu jeito próprio de ser pai para atender a cada um no momento certo que ele precisa. É viver intensamente na companhia dos filhos, acompanhando o crescimento e até preparando-os para um dia cumprirem papel de igual importância. 

Ser pai é, às vezes, se passar de filho para saber se o filho já amadureceu e assim deixar que ele busque seu caminho.

Assim são os exemplos que tenho de pais no meu contexto: o meu, o dos meus filhos e os outros pais da minha família. 
Parabéns a todos os pais, porque todo dia é dia dos pais!

domingo, 1 de agosto de 2010

No meu jardim III

Palmeira com folha ruída, parecia formiga. Fazendo a leitura do contexto, vi que era engano meu, foi um gigante esfomedado quem comeu. No meu jardim tem dessas coisas, um gafanhoto com cerca de 12 cm.  




Pesquisando a respeito, encontrei um de sua espécie, com 15 cm, em matéria de 05/03/2010 da TV Paraná, em Ponta Grossa. Professor de entomologia da UEPG Rui Furiatti, identificou o inseto como da espécie tropidacris cristata, veja mais... 


sábado, 31 de julho de 2010

Einstein

"A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original." (Albert Einstein)
A cada nova leitura que fazemos do mundo, criamos novo contexto e assim evoluimos.

Retomando Manguel



Dando continuidade à leitura e aos comentários sobre o livro "Biblioteca à noite", de Alberto Manguel, deparei-me com um trecho, ainda nos Agradecimentos, em que o autor faz menção à "ordem alfabética, tão cara às bibliotecas" e lista em ordem alfabética de sobrenome, as pessoas as quais ele contraíra dívidas de gratidão em relação à obra.

Achei por demais interessante esse cuidado, que, além de caráter imparcial, dá sentido de ordem, tão comum às bibliotecas e aos bibliotecários.

Mas, para ele, a biblioteca à noite está livre dessa ordem, ele faz outra leitura do contexto, pois ele enquanto leitor "é convocado e atraído para um certo volume e uma certa página por meio de rituais cabalísticos de letras entrevistas".

A exemplo desse detalhe de ordem, tão familiar e tão necessário em meu contexto, a obra é toda rica em pormenores que Manguel apresenta permeada de vivências sobre autores e leituras, lugares e viagens, sobre livros e bibliotecas, às vezes imperceptíveis a olhos leigos ou desatenciosos, mas, aos meus, impossíveis de não serem notados.

Feliz ele que constrói uma Biblioteca em lugar de sua escolha e investido de notável história,  que praticamente mora dentro dela e que vive dentro do seu contexto, o seu ideal:

[...] voltei a meu antigo ideal e, embora não possa considerar-me um bibliotecário propriamente dito, vivo entre estantes que proliferam o tempo todo e cujos limites começam a se borrar ou a coincidir com os da própria casa.

Como não se considera um bibliotecário propriamente dito, se vive em contexto como tal, se pratica todo o ritual da profissão com tanta propriedade, ainda agregada a toda a experiência de exímio leitor?

Durante o dia, escrevo, folheio, reorganizo livros, instalo as novas aquisições, transfiro seções inteiras por conta do espaço. Os recém-chegados  recebem as boas-vindas depois de um estágio probatório. Se o livro é de segunda mão [...]