Essa bagagem eu quero carregar!
Livros e natureza, uma beleza!
Uma bicicleta para pedalar,
Deitar na grama e ficar de papo para o ar,
Tudo vendo, lendo e relendo.
Espaço para registrar ações, fatos, escolhas e decisões do cotidiano, que, para serem compreendidas, dependem da leitura que se faz e do contexto em que se vive, na Biblioteconomia, na Arquivologia, na natureza, na família e no dia a dia.
Essa bagagem eu quero carregar!
Livros e natureza, uma beleza!
Uma bicicleta para pedalar,
Deitar na grama e ficar de papo para o ar,
Tudo vendo, lendo e relendo.
Conheci o termo biomimética por intermédio de um livro que pertence ao acervo da biblioteca em que trabalho. Fui catalogá-lo para introduzi-lo ao acervo e, depois da leitura técnica, ao conhecer mais a respeito, fiquei sabendo que vai além de um simples termo, é uma ciência.
Lendo e aprendendo... E como amante da natureza que sou, não poderia deixar de completar a leitura dessa obra que enaltece e valoriza por demais esse ente que nos proporciona tudo e mais alguma coisa.
Extraindo a etimologia da palavra direto de uma das primeiras páginas do livro: "BI - O - MI - MÉ - TI - CA [Do grego bios, vida, e mimesis, imitação]." E agora, trazendo a definição: "A biomimética é uma ciência que estuda os modelos da natureza e depois imita-os ou inspira-se neles ou em seus processos para resolver os problemas humanos." (Benyus, 2011, p. 8).
O livro é dividido em oito capítulos, iniciando-se com Imitando a Natureza. Uma introdução que explica a origem e a razão dessa ciência, faz algumas indagações sobre as questões da natureza, que explica ainda como as coisas acontecem tudo em harmonia, ensinando a forma criativa de usar sua matéria-prima sem ofendê-la ou devastá-la. Enfim, instiga a pensarmos em maneiras mais sustentáveis de vivermos, usando os exemplos da natureza para termos ideias e inovações.
Os capítulos se seguem, trazem narrativas de pesquisadores independentes do ramo, até chegarmos ao último, em que o autor inicia relatando a experiência que o levou ao caminho da biomimética:
Biomimética é sobre aprender com a natureza, para que possamos nos adaptar à vida da Terra, sem enganá-la ou controlá-la. É quando a ecologia encontra a agricultura, a medicina, a ciência dos materiais, a energia, a informática e o comércio para descobrir soluções para os nossos problemas.
É fascinante como a natureza além de nos proporcionar o essencial para a vida e outras maravilhas, nos ensina com muita sabedoria. Um dos exemplos mais populares é o velcro, que foi pensado a partir daquela planta daninha que chamamos de carrapicho. Alguns exemplos podemos citar: estádio imitando ninho de pássaro; trem-bala a partir do martin-pescador; turbinas eólicas inspiradas nas nadadeiras das baleias jubarte; refrigeração imitando casas de cupins; telas de LED inspiradas nos "olhos " de mosquitos; painéis de energia solar que seguem o método de captação de luz dos girassóis, dentre outros.
A natureza é mesmo rica e fascinante, nos oferece tudo e mais alguma coisa para vivermos bem.
BENYUS, Janine M. Biomimética: inovação inspirada pela natureza. São Paulo: Cultrix, 2011.
Para fechar o mês de Abril, mês de muitas datas comemorativas alusivas ao livro e aos direitos autorais, apresento o mais recente componente da minha biblioteca, "Olhares no Mundo das Aves", que recebi com dedicatória.
Ganhei de presente de uma amiga, Valdira Coutinho, quem prefaciou o livro, por sinal, um texto fiel à obra e ao autor, Antônio Távora, seu esposo. Uma obra primorosa em muitos sentidos, composição geral, capa, fotografias e texto, sobretudo de leitura muito agradável, que encanta o leitor. Vou degustá-la devagarinho, apreciando cada imagem e a sua história.
Analisando cada detalhe, tomando primeiramente os aspectos extrínsecos da obra, percebe-se o requinte da publicação - encadernada, capa dura com ilustrações belíssimas, aliás, fotos feitas pelo autor, além de impressa em papel fotografia.
Depois, adentrando nos aspectos intrínsecos, observando cada foto, todas de propriedade do autor, só elas já se teria à parte uma obra imagética riquíssima.
E por fim, mas não menos importante, já se conectando ao mundo mágico das palavras, sua importância pelo conteúdo informativo, preciso, didático, poético e até lúdico, envolvendo vivências e experiências sensoriais do próprio autor, que são transmitidas facilmente para o leitor. Imagens e cenários belíssimos que encantam, trazendo a história da foto com a riqueza do seu momento. Dá para sentir a plumagem das aves, as falas da natureza, além de experiências sinestésicas em relação aos outros sentidos, quando sons, cheiros, gostos se misturam na natureza.
Além de tudo isso, ainda tive o prazer de elaborar a ficha catalográfica e incluir dados e informações sobre a edição da obra.
Parabéns, Antônio Távora!
As maravilhas da natureza são divinas. O que faz uma erva daninha qualquer nascer em um vaso de uma palmeira Ráfia (Raphis) e ainda colocar uma flor belíssima? São coisas do Senhor do universo.
Um pequeno pássaro deve ter trazido em seu pequeno bico uma pequena semente e a depositou nesse pequeno espaço disponível, mas ela floresceu com tamanha grandeza, robustez e vivacidade, chamando a atenção de todos.
Realmente, de onde menos se espera, há uma nova vida. Neste Finados desejo a todos os nossos entes queridos que já partiram, que floresçam na Paz do Senhor, porque, com certeza, estão todos em um novo contexto, no esplendor de uma nova vida.
Diferente das fontes naturais, que esbanjam beleza em meio à natureza com tantos atrativos de biodiversidade que as cercam, esta fonte é artificial, mas também bela dentro do seu contexto, no caso, o meu jardim.
Observando sua interação com o meio, percebo que essa fonte, mesmo artificial, preserva sua essência, senão, vejamos a leitura que faço:
Amor, em folhagem coração, e Paz, em cachos de flor.
Desejo a todos amor e paz, em um novo ano saudável, sem pandemia.
No fim da noite de hoje, eis que um visitante ilustre apareceu no meu jardim, uma coruja caboré.
Iguanas, saguis, cassacos, tijubinas, gias amarelas, gafanhotos gigantes, gaviões e muitos tipos de pássaros, desde o mais pequenino, como o bico de lacre, até o mais robusto bem-te-vi, já apareceram por aqui. Mas, jamais, uma ilustre coruja.
As corujas são símbolos da sabedoria. Sabedoria, é o que ela veio anunciar para 2021. Creio que é o que precisamos.