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sábado, 20 de fevereiro de 2021

#BoraBibliotecar

#BoraBibliotecar é a campanha planejada pelo Mural Interativo do Bibliotecário para o Dia do Bibliotecário de 2021. Muito mais que uma campanha é uma ação, um movimento, uma transformação.

Apesar de a campanha ser para 2021, a proposta é que se permaneça por anos à frente, uma forma de impregnar o sentimento de pertencimento da profissão nos bibliotecários, e de propagar sua importância junto à sociedade, por intermédio de maior divulgação, dando-lhe mais visibilidade.

A ação se torna muito oportuna, principalmente agora, quando a informação precisa ser mediada e estar acessível para que os negócios fluam e não parem, fazendo girar novas oportunidades.


#BoraBibliotecar é:

Acreditar!
Amar!
Compartilhar!
Conviver!
Decidir!
Democratizar!
Descobrir!
Disseminar!
Emponderar-se
Empreender!
Ensinar!
Estudar!
Humanizar-se!
Informar!
Inovar!
Integrar!
Interagir!
Motivar!
Multiplicar!
Orgulhar-se!
Ousar!
Participar!
Pertencer!
Protagonizar!
Realizar!
Reinventar-se!
Renovar!
Respeitar!
Ser mostrado!
Transformar!


Gosto do "Protagonizar", afinal sempre busco fazer a diferença, desempenhando um papel de importância nos projetos, nas ações, e nas soluções que apresento e estou à frente.

domingo, 24 de junho de 2018

Bibliotecando por aí...


Andanças, mudanças e esperanças.
Paradas, estadas e empreitadas.
Idas, visitas e revisitas.
Retornos, contornos e adornos.
Voltas, viravoltas e reviravoltas.
Amizade, simplicidade e cumplicidade.
Vontade, utilidade e proximidade.







São essas rimas que constituem o quadro da rotina profissional do bibliotecário português, Nuno Marçal, que, como ele chama "andanças da bibliomóvel por estradas, terras e gentes de Proença-a-Nova". Tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente, juntamente com um grupo seleto de profissionais, na palestra do último dia 22, "Bibliomóvel de Proença-a-Nova: Uma Biblioteca Útil, Próxima e Afectiva!", na UFC, que o Mural Interativo do Bibliotecário proporcionou.






Na oportunidade conhecemos tudo que sai daquele bibliomóvel encantado, conduzido por aquele bibliotecário-ambulante, incumbido e comprometido com o social, material e imaterial: carinho, soluções, livros, revistas e emoções.

Coisas que encantam os olhos e entram na alma. 

sábado, 16 de dezembro de 2017

Saberes em folhetim: Ano Novo vem aí! Vamos planejar?


Você bibliotecário, que é mestre em organizar, em registrar, em referenciar, em catalogar em classificar, em estruturar, em indexar, em inventariar e em tantas outras expertises, use todas elas para construir seu planejamento de 2018.

O Mural Interativo do Bibliotecário preparou esse conteúdo para ajudar nessa construção.


Capítulo 1
Iniciando o planejamento

Estamos finalizando o ano. Momento de fazer o balanço do que passou, analisar os ganhos e as perdas e, sobretudo, de pensar no que virá. Mas, as coisas só virão de uma forma mais organizada, equilibrada, se forem planejadas previamente. Já bastam os imprevistos naturais, as consequencias circunstanciais e as interferências externas a que todos nós estamos sujeitos no dia a dia, por isso, planejando, haveremos de ter um resultado mais próximo do que desejamos almejar. É para isso que serve o planejamento, peça fundamental nas organizações que fazemos parte e aliado fortíssimo para as nossas vidas. 

Em uma linguagem mais técnica, o planejamento é uma ferramenta administrativa em que se projeta algo para o futuro, de acordo com uma missão e visão estabelecidas, obedecendo aos valores internos, a partir de caminhos a serem percorridos, em que são definidos objetivos a serem cumpridos e, dentro destes, metas factíveis e mensuráveis.

Capítulo 2
Definindo missão, visão e valores

A missãoestabelece um caminho a seguir, dá direção e significado a sua existência (presente), a visão tende a alcançar um sonho, que representa de forma objetiva o que a pessoa quer realizar no ano (futuro). 

Enquanto a missão está alinhada para o ambiente externo, diretamente ligada à atuação junto à sociedade (para quem) e à forma de executar essa ação (como), a visão é voltada para a própria pessoa, constituída de modo que a motive e a incentive a chegar nesse ponto, nesse futuro próximo. Na visão aspiramos algo, mas de forma inspirada, para que seja possível sua concretização. 

Mas, só podemos cumprir a nossa missão e visão, baseados em nossos valores, que é tudo que nos orienta, que herdamos de nossos pais e que construímos ao longo de nossas vidas: são nossas crenças, nossa cultura, nossa educação, nossos ideais, nossos comportamentos e nossas atitudes.

Capítulo 3
Definindo objetivos e metas

Quando não definimos os nossos objetivos (propósito de realizar algo – o quê), além de não podermos definir as metas (objetivos quantificados e com prazos estabelecidos – quanto e quando), ficamos à deriva dos acontecimentos, atrapalhados com tudo que está a nossa volta e não conseguimos a nossa realização pessoal.

Os objetivos traduzem a mudança na realidade que pretendemos fazer, visando o nosso foco maior, por isso deve estar alinhado com a missão que foi definida antes. Eles devem ser tangíveis e factíveis, ou seja, possíveis de serem realizados, para que não haja frustração antes mesmo de colocá-los em prática. É importante registrá-los em texto, dessa forma visualizamos o que pretendemos de forma mais concreta e possibilita verificarmos a qualquer tempo como anda a nossa situação, um ótimo exercício para facilitar o cumprimento dessas ações.

As metas são as especificações dos objetivos, devem ser claras com definições dos parâmetros a serem alcançados. Essas tarefas específicas e temporais, permitem que os objetivos sejam alcançados, transformando o abstrato em concreto, ou seja, o objetivo que foi desafiado em coisa realizada.

É fundamental o monitoramento das metas para obtermos resultado positivo do planejamento como um todo. Para tanto, temos que conhecer bem os ambientes interno (você) e externo (mercado). Sabemos que cada um de nós tem um perfil definido, expertises conforme a nossa formação, qualidades e limitações, de acordo com a nossa educação. Sabemos também que o ambiente externo é competitivo, dinâmico e mutável.

Capítulo 4
Construindo a Análise SWOT

É óbvio que o contexto interno (você) e o externo (mercado) deve ser muito bem conhecido e considerado. Do interno, devemos extrair e potencializar as forças e reconhecer as fraquezas, para que possam ser eliminadas ou, pelo menos, mitigadas. Já do externo, devemos abarcar as oportunidades e combater as ameaças, estas, se bem trabalhadas, podem ser convertidas em oportunidades.

Portanto, as forças e fraquezas são determinadas pelo nosso posicionamento atual e podem ser controladas por nós mesmos, uma vez que fazem parte do nosso cotidiano. As oportunidades e ameaças são antecipações do futuro, estão fora do nosso controle mas, uma vez conhecidas, podem ser controladas e monitoradas de forma a aproveitá-las ou evitá-las, de acordo com a situação. 

Desse trecho anterior, podemos enxergar o potencial da análise SWOT, acrónimo de Strengths (Forças); Weaknesses (Fraquezas); Opportunities (Oportunidades) e Threats (Ameaças), outra ferramenta da Administração, tão utilizada pelas empresas, que, como vimos, pode ser aplicada às nossas vidas.

Capítulo 5
Girando o PDCA

Voltando ao planejamento propriamente dito, temos as ações do que foi planejando (Plan), passaremos o ano executando essas açõs (Do), verificando o que precisa ser ajustado (Check), para moldar e tomar outras ações necessárias em função do contexto e das contingências (Act). 

Agora, já adentramos em outra ferramenta da administração, o PDCA, específica da qualidade, aliás, é a ferramenta utilizada pela ISO (International Organization for Standardization), Organização Internacional para Padronização.O PDCA ocorre, naturalmente, em nossas vidas, pois estamos sempre planejando, executando, corrigindo e agindo, para conseguir o que queremos, retomar algo perdido, consertar algo que saiu errado, sempre agindo a nosso favor.

É uma ferramenta forte, decisiva, se mantermos esse ciclo girando, estaremos sempre pensando, antecipadamente, aonde queremos chegar. Portanto, a expressão já cunhada no ambiente da qualidade de “girar o PDCA”, significa a atenção e o cuidado com esses momentos, fazendo com que o círculo seja virtuoso, recomeçando sempre de forma renovada

Capítulo 6 
Exemplificando e finalizando 

Vamos exemplificar tudo que discorremos nos capítulos anteriores para facilitar ainda mais a compreensão e conseguir o círculo virtuoso. Tomaremos como exemplo o próprio Mural Interativo do Bibliotecário. 
  • Missão: Promover uma experiência profissional de construção coletiva a partir da troca de opiniões entre bibliotecários. 
  • Visão: Ser reconhecido em 2018 como a mídia social que mais reúne bibliotecários. 
  • Valores: Valorização da profissão; compartilhamento de ideias, ambiência inovadora. 
  • Objetivo: Ampliar a cada ano o número de seguidores; 
  • Meta: Criar, semanalmente, conteúdo próprio de interesse da Biblioteconomia, para conseguir ao final de cada mês 50 novos seguidores; 
  • Força: Reconhecimento da comunidade bibliotecária e das áreas afins; 
  • Fraqueza: Sedimentação da fanpage; 
  • Oportunidade: Conexões com áreas afins, interdisciplinaridade; 
  • Ameaça: Bibliotecários e bibliotecas ainda sem operar em redes sociais.
E, para que serve tudo isso? É muita teoria junta? Óbvio que não, são estudos já concretizados pelos gurus da Administração, que guiam as empresas e que, por tabelinha, podem ser utilizados por nós, objetivando a nossa realização pessoal e profissional. Dessa forma, podemos transformar a nossa realidade, tornando-a melhor para se viver, a partir daquilo que sabemos e gostamos de fazer.

Publicado originalmente em Mural Interativo do Bibliotecário

sábado, 2 de dezembro de 2017

Saberes em folhetim: Biblioteconomia no dia a dia


O novo Saberes em Folhetim trará ações comuns no dia a dia de qualquer pessoa, que são também específicas do bibliotecário, da Biblioteconomia. São, portanto, verbos do dia a dia da Biblioteconomia, que aqui agrupados em ordem alfabética, formam um glossário, que poderá agregar conhecimento aos nossos leitores.

Avaliar 

Quem já não avaliou algo na vida? Avaliou o carro que ia comprar, avaliou um candidato a contratar, avaliou uma situação a ser resolvida, etc. Mas, a tarefa de avaliar na Biblioteconomia pode se referir à avaliação de coleção. 
Avaliar coleções é a função sistemática de verificar e determinar a importância das coleções, conforme os objetivos da Biblioteca e da instituição a que ela está vinculada. Essa verificação deve ser quantitativa e qualitativa, por intermédio de planejamento, traçando diretrizes para uma aquisição focada, visando o desenvolvimento da coleção de forma adequada, passando ainda pelos processos de seleção, revisão e desbastamento, conforme o caso.

Buscar

A tarefa de buscar, às vezes, é incessante. Quando queremos algo, buscamos até achar e, quando não conseguimos, fica o sentimento de frustração.
Buscar na Biblioteconomia é correr atrás da informação, seja onde ela estiver. Não tem essa de não conseguir, o bibliotecário usa de todos os recursos para trazer a informação certa para o usuário. A busca, no contexto bibliotecário, está muito ligada aos operadores booleanos, aqueles que auxiliam na recuperação da informação (and, or e not e as associações destes com sinais, formando sentenças matemáticas), quando esta está estruturada em uma base de dados. Podemos ter um resultado de precisão (especificidade) ou de revocação (exaustividade). Mas, buscar na biblio pode também se referir a qualquer outro tipo de informação, até aquelas bem simples, que são requeridas no balcão, e outras que conseguimos com os colegas de profissão, tudo em prol do usuário.

Classificar

A tarefa de classificar acontece diariamente nas nossas vidas. Estamos sempre buscando caminhos, fazendo escolhas, separando isso daquilo, ou seja, passamos a vida classificando de alguma forma as nossas ações, mas, não chegamos ao ponto de atribuir códigos para todas elas, essa missão é da Biblioteconomia.
Classificar é atribuir um código a uma publicação, conforme o assunto que ela trata, seguindo um critério de codificação pré-estabelecido, para possibilitar que obras de um mesmo assunto fiquem reunidas em um determinado espaço e assim possam ser encontradas pelos usuários. Na Biblioteconomia, temos a CDD, a CDU e outras mais específicas.

Catalogar

Muitos profissionais lidam com essa tarefa, ela não é específica da Biblioteconomia, mas nesta há as especificidades a serem seguidas, são as determinações do código.
Catalogar é descrever as informações características de uma publicação em um sistema, seguindo critérios pré-estabelecidos (existentes no código de classificação), permitindo que ela seja identificada e localizada pelo usuário.

Desbastar

No dicionário da língua portuguesa, desbastar é retirar o excesso, limpar, cortar. Estamos acostumados a praticar essa ação em relação a qualquer coisa em nossas casas ou ambientes em que circulamos, os quais temos autonomia.
Desbastar, em se tratando da ciência biblioteconômica, é retirar as publicações pouco utilizadas de uma coleção de uso frequente, as quais são direcionadas para outro ambiente (depósito), podendo retornar à coleção, conforme necessidade ou serem descartadas, em função do prazo estabelecido pela comissão de seleção. Dessa forma mantemos o acervo otimizado em quantidade e qualidade.

Descartar

Quem já não promoveu em casa ou no trabalho o famoso 5S da qualidade, realizando o primeiro S, Seiri, na língua japonesa, o descarte, na nossa língua? Estamos acostumados a praticar essa ação em relação a qualquer coisa em nossas casas, separar as coisas necessárias das desnecessárias e manter nos ambientes somente o que for útil. O que não tiver utilidade não deve ocupar o nosso precioso espaço e deve ser descartado!
Descartar, para nós que trabalhamos com acervo, é bem parecido com o descartar de qualquer pessoa, é retirar de forma definitiva as publicações de um acervo, conforme critérios estabelecidos pela comissão de seleção, excluindo-a também os seus registros dos catálogos.

Disseminar

Vamos disseminar o amor, a amizade, a fraternidade, a solidariedade, o respeito, etc. Todas as pessoas do bem têm essa intenção e missão.
Nós da Biblioteconomia usamos muito o jargão “Disseminação seletiva da informação – DSI”. Disseminar, nesse contexto, se refere à ação do serviço de divulgação informacional mantido periodicamente por uma instituição, que atende a uma clientela previamente cadastrada e perfilada em um sistema específico, de acordo com seus interesses de pesquisa e de educação continuada.

Indexar

Os economistas usam muito esse verbo quando se referem aos índices econômicos estabelecidos pelo mercado, que regulam e reajustam a economia (ou deveriam). Ou ainda, quando os nossos parentes mais próximos, os profissionais de informática, inserem sites na base de dados dos buscadores (Google, Yahoo, etc.), para recuperar a URL desejada.
Indexar, na nossa Biblioteconomia, é o processo de representar documentos ou informações por termos, descritores, palavras-chave, de forma que possam levar à recuperação do item desejado. É o destaque dos metadados que identificam o documento, para facilitar na sua pronta recuperação, junto ao software de gerenciamento.

Intercambiar

Na atualidade, o termo é muito comum entre os jovens, que buscam um intercâmbio educacional, estudantil ou cultural, em busca de aprender outra língua, conhecer novas culturas e lugares. É uma troca mútua.
Intercambiar, no sentido biblioteconômico, é disponibilizar as duplicatas do acervo para outras bibliotecas e centros de informação e documentação, que, por sua vez, também disponibilizam seus materiais nessa mesma condição. Portanto, pode ocorrer pela permuta ou doação de livros e por outros materiais duplicados ou a serem descartados. É uma forma de diversificar e atualizar o acervo.

Inventariar

Levando em conta o aspecto jurídico, inventariar é relacionar e discriminar de forma pormenorizada o patrimônio de uma pessoa que faleceu, para que seja possível iniciar a partilha dos bens junto aos herdeiros e/ou legatários. É, portanto, um instrumento legal. No geral, inventariar é descrever de forma detalhada qualquer coleção ou reunião de coisas. Mas, na Biblioteconomia, inventariar, na maioria das vezes, é a tarefa de fazer o inventário do acervo, que, na verdade, já está registrado, catalogado e classificado, necessitando apenas, de uma conferência periódica. Nessa atividade, além da verificação dos materiais extraviados, muitas tarefas são realizadas paralelamente, tais como: rever a ordem das publicações, pois muitas são deslocadas pelos usuários; identificar quais materiais necessitam de reparos, refazer as etiquetas de dorso, verificar quais publicações são mais ou menos utilizadas, para fins de tomada de decisão em relação às próximas ações de desbaste e/ou aquisição.

Mediar

No sentido estrito da palavra, quer dizer dividir ao meio, fazer a divisão em partes iguais. Em sentido mais amplo, tem o significado de agir como mediador, e é nesse sentido que pegamos carona para a Biblioteconomia. Nesta, o sentido passa a ser específico, afinal estamos na condição de mediador da informação. Mediar a informação é condição sine qua non para atuar na Biblioteconomia. O bibliotecário media a informação em vários momentos, desde quando decide pela seleção de materiais, passando pela indexação, até o momento final do atendimento, no serviço de referência. Nesse sentido, mediar é fazer uma interferência de modo que ele consiga fornecer a informação certa, na hora certa, para a pessoa certa. No serviço de referência é entender o usuário e se fazer entender, para que seja possível a comunicação e obtenção de resultados positivos. O bibliotecário media a informação em várias áreas além da Biblioteconomia, quando interage de forma multidisciplinar junto à Informática, à Arquivística, à Pedagogia, dentre outras e, em geral, no processamento técnico, preparando as publicações para serem consultadas.

Normalizar

No dicionário da língua portuguesa normalizar é fazer voltar ou voltar ao estado normal, à ordem, regularizar. Em situação mais específica, normalizar é aplicar e seguir a norma estabelecida por alguma instituição que seja referência. Em relação à Biblioteconomia, normalizar, na maioria das vezes, quer dizer aplicar as normas da ABNT, Vancouver ou APA, nos trabalhos acadêmicos, na produção científica. É uma tarefa biblioteconômica, que requer domínio das normas utilizadas e, sobretudo, atualização. A normalização é um dos requisitos para um trabalho científico ser bem aceito na comunidade acadêmica.

Organizar

O que seria do mundo se não fosse a organização! Organização da sociedade, organização dos poderes, organização das leis, organização política, organização do trânsito... Haja organização! Fundamental para as coisas caminharem positivamente. Não é à toa que chamamos as empresas, instituições, repartições, etc., de organizações. Pois bem, organizar na Biblioteconomia pode se referir à organização da informação, organização do conhecimento, organização da biblioteca ou organização de qualquer acervo para que fique acessível ao usuário. 

Permutar

Em termos contratuais, permutar é quando as partes de obrigam a dar uma coisa por outra que não seja dinheiro. É um contrato bilateral, é uma troca recíproca. No âmbito da Biblioteconomia, permutar é o ato comum nas bibliotecas de trocarem publicações com entidades congêneres, principalmente àquelas que são duplicatas ou que foram selecionadas no processo de desbaste. É praxe elaborar listas tanto para a divulgação, como para o controle e registro dessas publicações.

Pesquisar

Hoje em dia, pesquisamos tudo a toda hora: preços, produtos, itinerários, profissionais, temos tudo nas pontas dos dedos, por intermédio da internet, do GPS, das mídias sociais. Pesquisar no âmbito da Biblioteconomia e das ciências em geral, é tarefa mais complexa, é um processo sistemático de análise científica, por intermédio de uma metodologia específica, para se obter informação e assim, construir conhecimento. O conhecimento evolui em função das pesquisas e investigações científicas, que buscam cada vez mais se aproximar da realidade, para melhor conhecê-la e transformá-la, visando o progresso da ciência e o bem comum.

Processar

Processar é palavra forte se enquadrada no contexto jurídico. Refere-se ao ato de iniciar uma ação judicial em relação a alguma querela entre partes contrárias. Já na esfera da Biblioteconomia, quando falamos processar, estamos nos referindo ao processamento técnico junto às publicações de um acervo. É o ato de fazer a análise temática e descritiva dos materiais, classificar e catalogar, de forma que fiquem acessíveis aos usuários em termos de busca. Contamos aqui com a mediação da informação, conforme já foi comentada no verbete mediar.

Recuperar

Resgatar, reassumir, reconquistar, readquirir, reaver, retomar, esses verbos são sinônimos para o “Recuperar” do dia a dia. Todos nós sempre estamos em busca de recuperar algo que perdemos, visando reaver essa coisa. Na Biblioteconomia esse verbo é muito forte e decisivo, na verdade representa a possibilidade de atender às demandas dos usuários. E qual bibliotecário não fica satisfeito ao final do dia com a sensação de dever cumprido quando consegue recuperar a informação? Conseguir recuperar a informação que o usuário deseja é tudo de bom, mas, para chegar lá precisamos ter trabalhado a informação em todos os seus aspectos, descritivos, representativos e de conteúdo. Recuperar, então, é conseguir resultados positivos, a partir de um problema formulado junto a um banco de dados de um sistema de gerenciamento de informações.

Referenciar

O ato de referenciar está associado a tomar algo como ponto de referência, como parâmetro. Pode ser também uma narração ou relação de algo; aquilo que se refere; sinal ou indicação que remete o leitor a outra fonte. Adentrando no universo da Biblioteconomia e da Documentação, referenciar é fazer referência a um autor, é referir, é citá-lo para que seja possível utilizar o seu pensamento sem ferir os direitos autorais. Esse mesmo autor, por sua vez, também se utiliza de pensamento de outros autores, afinal, em qualquer investigação nunca se parte do zero, mas de fontes de informação anteriores sobre o assunto. Além de dar mérito aos autores, o ato de referenciar auxilia os leitores a localizarem as fontes citadas. Portanto, é fundamental citar e referenciar para não incorrer em plágio.

Registrar

Declarar algo por escrito, mencionar, assinalar, tomar nota de, guardar na memória como uma lembrança. Registrar para não correr o risco de esquecer. Registrar na Lei dos Registros Públicos é inscrever em livro próprio, em registros cartoriais etc. Registro do nascimento, registro geral, registro do casamento, registro de um imóvel e assim por diante... Registrar é a segurança dos atos, fatos e bens. Quando levamos o conceito para a Biblioteconomia, não sentimos muita diferença, pois Registrar nessa esfera é fazer com que uma unidade informacional passe a fazer parte do acervo, respectivamente, um bem de um patrimônio. É garantir que ela será administrada por toda a sua existência, pois é identificada com suas características dentro do acervo a que ela pertence, sendo única.

Resenhar

Em geral, resenhar é fazer uma abordagem sobre algo, ressaltando seus elementos mais importantes. É um texto que objetiva apresentar outro (texto-base), ainda desconhecido do leitor. No jornalismo, é produto fruto de prestação de serviço do profissional. Para os críticos de arte, a resenha pode ser de objeto de qualquer natureza: filme, livro, teatro.
A resenha pode ser descritiva e/ou crítica, sendo a primeira limitada a descrever o objeto, mas devendo trazer requisitos mínimos para que o leitor se oriente e crie interesse, e a segunda, que além de trazer esse conteúdo, elabora juízo sobre o valor da obra.
Levando para a esfera científica, mais relacionada à Biblioteconomia, resenhar um trabalho acadêmico de divulgação é apresentar síntese e crítica sobre o trabalho, motivada por interesse próprio ou sob demanda editorial. Geralmente ocorre em função da publicação em periódico técnico ou para divulgação em mídia ampla. É recomendado que essa resenha seja elaborada por um cientista da mesma área de conhecimento do texto-base, até porque será analisado por pares.

Resumir

Condensar em poucas palavras; abreviar, sintetizar. Sempre somos chamados para resumir algo que aconteceu, algo que lemos ou que assistimos, como por exemplo, o filme, a novela. Exercemos essa capacidade diariamente, na vida comum, mas, para que haja o devido entendimento, é necessário manter o objetivo da peça e ser fiel à ideia central. Para quem lê ou escuta o resumo, possibilita conhecer o conteúdo, diminuindo o tempo que seria dispensado a essa tarefa na sua forma original.
Falando agora da atividade de resumir mais formal, aquela normatizada na NBR 6028, muito familiar da Biblioteconomia, vimos que a norma define 3 tipos: indicativo, informativo e crítico, deste último já falamos anteriormente, trata-se da resenha. O resumo indicativo traz uma visão geral do texto, utilizando os pontos principais como destaque. Já o resumo informativo, exige do produtor que conheça a obra de forma mais consistente e objetiva transmitir o maior número de informações relacionadas ao texto ao leitor. Esse tipo é o mais utilizado em universidades, nas produções científicas acadêmicas, portanto, o mais próximo com a Biblioteconomia. 

Transcodificar

Transcodificar na área de tecnologia é a prática de converter um arquivo de um formato para outro formato, ou refere-se à re-codificação para o mesmo formato, a fim de alterar a taxa de bits do arquivo. Popularmente falando, é passar de um código para outro, sem perdas de informação. Quando nos referimos à ação de transcodificar aplicada à área de Biblioteconomia, estamos falando da preocupação dos profissionais dessa área em não perder a informação já registrada em algum suporte por questões de obsolescência desse material, bem como da responsabilidade de manter os equipamentos de reprodução para que os arquivos gravados possam ser abertos, lidos e disseminados. Assistimos, recentemente, à evolução das mídias eletrônicas digitais, para as quais foi necessária a transcodificação, tais como os diversos tipos de disquetes, os filmes do tipo Super-8 e os vídeos VHS.

Tombar 

No popular, tombar é derrubar, fazer cair ou cair. Paradoxalmente, nas políticas públicas, tombar é preservar oficialmente um bem como patrimônio nacional, seja material ou imaterial. Dessa forma é reconhecido o valor histórico de um bem e instituindo um regime jurídico especial de propriedade, por conta da sua função junto à sociedade. Na Biblioteconomia, tombar é o mesmo que registrar, já falado anteriormente.

Vocabularizar

Vocabularizar é incluir em vocabulário, simples assim! Complica e se torna complexo quando elevamos para a Biblioteconomia, abordando o tal vocabulário controlado. Nesse caso, vocabularizar é buscar vocábulos que podem ser termos, descritores, palavras-chave, de forma que juntos esses itens formem uma linguagem com estrutura relacional ou alfabética. Em função dessa busca de adequação e padronização, não se trata de uma linguagem natural, denomina-se, portanto, linguagem artificial.

Publicado originalmente em Mural Interativo do Bibliotecário.

sábado, 21 de outubro de 2017

Não confunda alhos com bugalhos!

Quem já não ouviu o ditado popular "não confunda alhos com bugalhos"?



O ditado é de origem portuguesa. Confundir alhos com bugalhos nos remete à semelhança entre o bulbo (planta do gênero Allium sativum), utilizado como tempero ou como ingrediente medicinal e a galha, protoberância formada nos troncos de algumas árvores, tais como carvalho, comum no continente europeu, também conhecida como noz-de-galha.

O alho todos nós conhecemos, mas o bugalho, poucos já viram ou o conhecem, este também tem sua serventia, que não é a mesma do alho, apenas uma semelhança na sua aparência. É o resultado das picadas de insetos que depositam os ovos nos tecidos da planta. Ao reagir, a planta gera uma protuberância, onde o inseto se desenvolve. Portanto, O bugalho serve de casulo para vespas e outros insetos, servindo de isca vegetal e, depois de seco, é facilmente inflamável. 

Enraizado na esfera do senso comum, patrimônio da cultura popular da língua portuguesa, nos leva para o pensamento - não confunda alguma coisa com outra em função de uma semelhança superficial, discernir entre o que pode ser e o que não pode.

É ditado genérico que pode ser aplicado em qualquer contexto cotidiano da vida de qualquer um. Sempre há momentos em que nos deparamos com essas situações e temos que prestar a atenção para não confundir alhos com bugalhos, pois o primeiro é uma coisa e o segundo é outra.

Vamos tomá-lo nessa nova série do Mural Interativo do Bibliotecário para aplicá-lo no contexto da Biblioteconomia, sem, no entanto, apontar quem é alho ou bugalho, quem é mais ou menos importante, o dualismo apresentado servirá apenas de aporte ilustrativo e de alerta para fazermos a leitura correta, não confundindo "alhos com bugalhos"

Capítulo 1
Utilizando as normas da ABNT

Não confunda sumário com índice

Sumário é a enumeração das principais divisões, seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem e grafia em que a matéria nele se sucede, seguido de sua localização dentro do texto (número da página). É um elemento pré-textual, porque antecede o texto do trabalho e sua presença é obrigatória.

Índice é uma lista detalhada de palavras, expressões ou frases, segundo um critério determinado, com a indicação de sua localização no texto (número da página). É um elemento pós-textual, porque está situado no final do trabalho, de presença opcional. Os índices podem variar conforme a sua organização:
  • índice onomástico – organiza em ordem alfabética os nomes das pessoas, autores, autoridades tratadas no texto; 
  • índice cronológico - organiza por ano/período/época os fatos e acontecimentos importantes do texto; 
  • índice remissivo - organiza em ordem alfabética os assuntos tratados no texto.
Não confunda apêndice com anexo

Apêndice é um texto ou documento elaborado pelo autor do trabalho, que, em função do seu formato, tamanho ou configuração fica mais bem situado como elemento pós-textual.

Anexo é um texto ou documento não elaborado pelo autor do trabalho, que, em função do seu formato, tamanho ou configuração fica mais bem situado como elemento pós-textual.

Não confunda referências com bibliografia

Referências: lista de obras citadas no texto do trabalho, ordenadas alfabeticamente por autor e elaboradas conforme a ABNT 6023 (2002).

Bibliografia é uma lista estruturada de referências com características comuns. Ex. bibliografia do curso de Direito; bibliografia de um concurso

Não confunda resumo com resenha

Resumo: Apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto, fornecendo uma visão rápida e clara do conteúdo e da conclusão do trabalho.

Resenha é um texto que serve para apresentar outro texto (texto-base) ainda desconhecido do leitor, por isso é necessário, além do resumo das ideias, apresentar outras informações sobre o trabalho, fazendo uma abordagem crítica, para que ele se oriente quanto ao seu grau de interesse junto ao texto-base.

Capítulo 2
Aplicando no âmbito da administração de bibliotecas

Não confunda desbaste com descarte

Desbaste é a retirada de publicações pouco utilizadas de uma coleção de uso frequente, as quais são direcionadas para outro ambiente (depósito), podendo retornar à coleção, conforme necessidade ou serem descartadas, em função do prazo estabelecido pela comissão de seleção.

Descarte é a retirada definitiva de publicações de um acervo, conforme critérios estabelecidos pela comissão de seleção, excluindo-a também os seus registros dos catálogos.

Não confunda seleção com política de seleção

Política de seleção é o documento de uma unidade de informação, que estabelece vários fatores: responsáveis pela seleção das publicações; limites financeiros; critérios a serem observados durante o processo; instrumentos para auxiliar na seleção; etc., de forma que o acervo cresça qualitativa e quantitativamente, a fim de atender aos interesses e necessidades de seus usuários. 

Seleção é um processo de tomada de decisão para itens individuais, ou seja, título a título. Nesse processo, cada título foi selecionado seguindo uma política de seleção, porque é necessário ao acervo.

Não confunda classificação com catalogação

Classificação: atribuição de um código a uma publicação, conforme o assunto que ela trata, seguindo um critério de codificação pré-estabelecido, para possibilitar que obras de um mesmo assunto fiquem reunidas em um determinado espaço e assim possam ser encontradas pelos usuários.

Catalogação: descrição das informações características de uma publicação em um sistema, seguindo critérios pré-estabelecidos, permitindo que ela seja identificada e localizada pelo usuário.

Capítulo 3
Voltando-se para o ambiente eletrônico

Não confunda documento eletrônico com documento digital

Documento eletrônico: Gênero documental integrado por documentos em meio eletrônico ou somente acessíveis por equipamentos eletrônicos, como cartões perfurados, filmes em película.

Documento digital: Documento codificado em dígitos binários, acessível por meio de sistema computacional. Todo documento digital é eletrônico, mas o inverso não é verdadeiro.

Não confunda GED com GDE

Gerenciamento Eletrônico de Documentos (GED): processo tecnológico que contempla a captação, o processamento, o armazenamento, a localização e o gerenciamento de documentos em papel ou cópias de microfilme, para o formato digital.

A Gestão Eletrônica de Documentos incorpora o conceito de digitalização de documentos. Aqui o trabalho é de fato garantir que os documentos nascidos em papel passem a ter uma CÓPIA digitalizada e que possa ser facilmente recuperada através da indexação (palavras-chave). Os sistemas GED permitem aos usuários acessarem os documentos de forma ágil e segura.

Gerenciamento de Documentos Eletrônicos (GDE): é a criação, uso e trâmite de documentos, processos e informações geradas nas atividades de uma empresa ou instituição através de ferramentas digitais, como intranets, portais e ferramentas de workflow, que gera passos, aprovações, possuindo várias etapas, que se finalizam em uma decisão sempre documentada. Trata-se dos documentos nato-digitais, é a rede interna de uma empresa, estruturada em diretório e pastas. É um tipo de ferramenta para gestão documental.

Não confunda base de dados com repositório digital

Base de dados: Conjunto de dados estruturados, processados eletronicamente, e organizados de acordo com dados uma seqüência lógica que permite acesso a eles de forma direta, por meio de programas de aplicação.

Repositório digital: coleção de informação digital, que pode ser construída de diferentes formas e com diferentes propósitos. Pode ser colaborativa e com um controle suave dos conteúdos e da autoridade dos documentos, tal como as dirigidas para o público em geral (a Wikipedia é um exemplo), ou como aquelas específicas que armazenam, preservam, organizam e disseminam amplamente os resultados de pesquisa de instituições de ensino e de pesquisa.


Publicado originalmente em Mural Interativo do Bibliotecário

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Saberes em folhetim: Inovação

Vamos abordar a Inovação, elemento essencial para o ambiente competitivo, interligado e compartilhado da atualidade, tomando o pensamento de algumas personalidades conhecidas de todos nós, para ilustrar melhor o assunto.

Capítulo 1

Adentrando no caminho da inovação

A palavra inovação não é nova, o termo vem do latim 'innovatus' (renovação, mudança) e remonta ao Século XV.

Já vimos que a criatividade antecede a inovação, que inovar é implementar uma ideia, colocá-la em prática. Um sonho de inovação pode ser realizado, se houver determinação e foco.

Podemos inovar como empreendedores/empresários, mas também trabalhando em uma instituição/empresa, obedecendo aos seus limites e objetivos.

Para inovar, precisamos de momentos e situações livres de quaisquer amarras, para que o pensamento flua com maior facilidade e intensidade.

Inovar é:
  • Inventar algo que não existia antes;
  • Tomar um produto/serviço que já existe e adaptá-lo a outro público
  • Converter um produto já bom em algo melhor;
  • Fazer mais com menos recursos;
  • Melhorar um processo, tornando-o mais eficiente;
  • Transformar um artigo cujo destino era o lixo em algo valioso; 
  • Oferecer produtos tradicionais em plataformas digitais.
  • ...

“O olho vê, a lembrança revê, e a imaginação transvê. É preciso transver o mundo”, diz o poeta vanguardista Manoel de Barros.

Capítulo 2
Desmistificando a inovação

É preciso buscar aquela ideia que está no lado direito do cérebro, aquela que, no primeiro momento, pareceu absurda, mas, está carregada de emoções, de intuição e de criatividade. 

Ousar, inovar com algo totalmente novo ou trazer soluções diferentes para o que já existe, não importa, o essencial é desenvolver e dinamizar produtos e serviços dentro da Biblioteconomia, ou, usando esta, para chegar mais além.

As pessoas e as empresas que estão ilhadas na sua mesmice estão fadadas ao esquecimento. Fazer diferente essa é a nova regra, para não ter que assistir a concretização de uma ideia que você concebeu e não implementou. 

Segundo Peter Drucker, "Todas as inovações eficazes são surpreendentemente simples. Na verdade, o maior elogio que uma inovação pode receber é haver quem diga: isto é óbvio, por que não pensei nisso antes?"

Capítulo 3
Os 7 princípios da inovação, segundo Steve Jobs

Vamos tomar como exemplo alguém que conhecemos pelos seus produtos inovadores e revolucionários, Steve Jobs, que definiu 7 princípios para se chegar à inovação.

Princípio 1: faça o que você gosta
Dedique-se certeiramente

Princípio 2: cause impacto no universo 
Enxergue o que é preciso mudar e trabalhe para isso 

Princípio 3: ponha seu cérebro para funcionar 
Não pare de pensar, as chances são maiores para criar. Pense, pense e pense 

Princípio 4: venda sonhos em vez de produtos 
Preencha as lacunas, antevendo as demandas das pessoas

Princípio 5: diga não para mil coisas 
Para o que você pensou, o faça de forma simples 

Princípio 6: crie experiências incríveis 
Ofereça o algo mais, surpreenda 

Princípio 7: domine a mensagem 
Saiba como dar o recado

Capítulo 4
Os papéis na inovação

Segundo Philip Kotler, quando tentamos inovar, estamos sujeitos a dois tipos de erro: matar um projeto bom ou ir adiante com um projeto ruim. A fim de reduzir esse risco, convém equacionar as competências de cada pessoa na inovação, cujos papéis devem ser assim considerados.
  • Ativadores: têm ideias e iniciam o processo de inovação, mas não o levam adiante. 
  • Buscadores: buscam informações e as levam para o grupo segundo sua especialidade.
  • Criadores: geram conceitos e soluções para os demais envolvidos na inovação.
  • Desenvolvedores: transformam ideias em produtos, serviços ou fábricas.
  • Executores: realizam o que for necessário para implementar ou lançar o que foi desenvolvido. 
  • Facilitadores: aprovam as novas despesas e o investimento.
Cada papel é fundamental para se levar adiante um projeto de inovação. Você pode dividir com a sua equipe os papéis ou ter mais de um nessa jornada, o importante é estar motivado e consciente da existência e necessidade de cada um.

Capítulo 5
Haja ação!!!

A motivação mantém a criatividade aguçada.
A criatividade leva à inovação.
A inovação mantém a interação com o mercado.

A inovação deve estar presente em todas as áreas, trazendo soluções, para que possamos viver melhor, seja na medicina ou na biomedicina, na política ou na arquivística, na arquitetura ou na agricultura, na educação ou na administração, na engenharia ou na hotelaria, na economia ou na biblioteconomia...

Criação, articulação, transformação, revitalização, motivação, informação, interação, inovação e tudo mais que for ação, deve fazer parte do cotidiano do bibliotecário. 

Portanto, AÇÃO!!! Não dá para ficar parado!.


Publicado originalmente no Mural Interativo do Bibliotecário

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Saberes em folhetim: Criatividade

É preciso observar;
É preciso pensar;
É preciso ter ideias.
Engana-se muito
E realiza o nada
Aquele que pensa pouco." 
(Leonardo da Vinci)

Capítulo 1
Explicando criatividade com criatividade (5W2H)

Já ouviu falar no 5W2H (What, Why, Where, When, Who, How, How much)?


O 5W2H é muito utilizado como ferramenta de gestão para planejar e executar qualquer atividade, por intermédio de um plano de ação, tanto para projetos da vida pessoal ou para projetos de trabalho.

A ferramenta teve origem na indústria automobilística, no Japão, na linha de produção de carros, funcionando como uma espécie de check list, sendo logo expandida para todas as áreas, sempre com o objetivo de auxiliar na execução de um plano, culminando na assertividade.

Desta vez, vamos utilizá-lo para guiar esse nosso folhetim. Você que já leu sobre empreender, agora vai conhecer mais sobre criatividade, algo a ser muito explorado na trajetória do empreendedorismo.

Capítulo 2
Aplicando os 5W – Parte I (What, Why)

O que é criatividade? (What)

Etimologicamente, tem origem do latim “creare”, mesmo radical que deriva a palavra criação e que está ligado à palavra criança, afinal, qual criança não é criativa?

Analisando ao pé da palavra, temos cria + atividade, algo que está sempre em criação, nascendo, em atividade.

É buscar a ideia que está do lado direito do cérebro, aquela que, no primeiro momento, parece absurda, mas está carregada de emoções, de intuição e de novidade.
Criar é o processo de desenvolver novas ideias. É o pensar de forma livre, sem barreiras, sem limites ou think outside the box (expressão em inglês que significa pensar fora da caixa), tal qual uma criança.

Por que usar a criatividade? (Why)

Porque queremos nos diferenciar no mercado, oferecer produtos e serviços que atendam às demandas, que curem as “dores” das pessoas. Porque Criatividade (ideia) leva à inovação (ação) e é lá que queremos chegar, no fazer, no implementar, construindo e reconstruindo, para transformar a realidade.

Capítulo 3
Aplicando os 5W – Parte II (Where, When, Who)

Onde usar a criatividade (Where)

Já falamos antes aqui, vamos usar a criatividade no ambiente digital, é democrático, convidativo e acessível a todos. A rede não é só para deitar e sair navegando a balanço nela, tem também que se embaralhar com ela, usá-la para criar o negócio e depois fisgar os clientes.

Quando usar a criatividade? (When)

Agora, now! Está esperando o quê? Tem momento mais oportuno do que este que vivemos atualmente? É das crises que podem nascer oportunidades. Já vimos esse filme antes, muitas ideias novas que conhecemos hoje nasceram de crises. Vamos colocar a cabeça para pensar e criar?

Quem pode (deve) usar a criatividade? (Who)

Qualquer pessoa pode ser criativa. Criatividade não é intangível, não é qualidade de poucos, só dos gurus ou algo reservado aos artistas, pessoas incomuns e gênios, é disciplina que pode ser desenvolvida e aprendida. Todos nós somos capazes de expressar e exercer a criatividade, bibliotecário então, nem se fala, nós temos a expertise de gerir a informação, de mediá-la, tornando-a acessível. Precisa de mais?

Capítulo 4
Aplicando os 2H (How, How much)

Como usar a criatividade? (How)

Deixe a criatividade correr solta, tal qual a de uma criança, que tudo imagina, tudo sonha, tudo idealiza, tudo cria e recria.
Ser o próprio agente promotor da mudança é fantástico! No mundo atual, precisamos nos reinventar sempre, para nos mantermos em evidência no mercado.
As novas ideias podem ser decorrentes de pensamento imaginativo, da combinação de vários deles, ou ainda das experiências de um grupo.

Quanto custa usar a criatividade? (How much)

Nada! O melhor de tudo isso, é que ter ideias novas, nada custa, apenas alguns momentos de dedicação ao exercício de criação, ficar atento aos insights, ou refletir sobre as demandas que a própria vida mostra e aplicá-las ao contexto adequado.

Capítulo 5
Concluindo e abrindo espaço para a inovação

Depois dessa conversa, vocês já podem perceber quão importante é criar e recriar; que uma ideia já existente pode ser trabalhada e reinventada de acordo com o contexto; que todos nós somos capazes de expressar e exercer a criatividade; que a internet é de todos e para todos e, que a criação é o caminho para a inovação.

Vamos a ela, então, no próximo folhetim! Aguardem!

Publicado originalmente em Mural Interativo do Bibliotecário