segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Semana Nacional do Livro e da Biblioteca

Instituições de todo o país comemoram nesta semana que está se iniciando a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca, cada uma com uma temática própria, conforme seu contexto, mas, independente do tema, o importante é o momento de riqueza intelectual, educacional cultural e social, que todas levam ao seu público, colocando a biblioteca e o livro em evidência, com o objetivo de incentivar a leitura.

Em particular estou envolvida com a Biblioteca da Faculdade CDL, da qual participo intensamente, com a temática "Venha blogar com a gente!", uma forma de trazer os leitores para a Biblioteca e de incentivar a leitura, utilizando a mídia social blog.

Além dos festejos e programações, é momento também de reflexão e discussão para investigarmos a quantas anda o cumprimento da LEI Nº 12.244 DE 24 DE MAIO DE 2010, que dispõe sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País. A Lei prevê, no mínimo, um título para cada aluno matriculado e que seja efetivada num prazo máximo de dez anos, respeitada a profissão de Bibliotecário.


quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Infância e brincadeiras do fundo do baú II

Ouvir estórias, sim, assim mesmo, com essa grafia, naquela época havia muita diferença entre a estória de mentirinha e a história, aquela que se aprendia no colégio, era uma brincadeira e tanto.

Ouvia-se e imaginavam-se as cenas, tudo a partir dos sons, das falas, dos efeitos de contra-regra e até mesmo da própria ilustração da capa do "Disquinho". Viajava-se no mundo da estória e da fantasia, que sempre trazia uma lição de moral, incorporada de imediato às mentes e aos comportamentos.

Neste Dia da Criança presenteio as crianças de hoje com essa maravilha, com tudo de bom advindo dessa brincadeira. Os três disquinhos, dentre outros, faziam parte do acervo das crianças da família (Fábio, Vita, Ana, Pedro e Armando), "A Bela adormecida", "Festa no céu" e "Os Três porquinhos", estes, eu sabia de "cor e salteado" e enchia os ouvidos dos meus pais repetindo os trechos favoritos, a quem devo o gosto pela leitura e escrita.



Resposta inteligente: "Tablets são bem-vindos. Livros e professores são insubstituíveis."

O outdoor da Livraria Smile, em contra-ponto ao outro,  foi direto ao ponto. Professores, Bibliotecários, Bibliófilos, Editores, Livreiros, Estudantes, Instituições de Ensino, Adeptos da Tecnologia e a sociedade em geral agradecem.




Ele está de volta!

Refiro-me à espécie Iguana, pois o indivíduo já não é mais o mesmo, com certeza da 3ª ou 4ª geração. Foram identificados logo quando chegamos à casa, ainda em 1997. Acompanhados de outras criaturas naturais, tais como cassaco, sagui, cobra verde, falsa-coral e tijubina.

Pudera! Nas redondezas havia somente terrenos arborizados e com muito mato, contexto muito nativo. Mas, somente ele teve o previlégio de ser fotografado, quando se exibia dentro da sua camuflagem, ache se puder.

Passamos os anos de 2008 e 2009 em sua companhia, sempre indo e vindo, depois um retorno bem duradouro, desta vez um casal, se estabelecendo em um tronco, que, somente mais tarde, descobrimos ser um viveiro de cupins, contexto ideal para viver, daí o motivo de seu desaparecimento dos jardins, depois do extermínio dos insetos, foi essa a leitura que fizemos do fato que envolveu o casal Ig e Guana.


2008





2009




Em 2010 ausência total, mas, eis que em 2011, ele está de volta! Desta vez muito jovem, ainda irá crescer muito... Passeia de um lado para outro do muro em busca de alimento.

No meu jardim tem dessas coisas!



2011




domingo, 25 de setembro de 2011

Para ler e escrever basta estar vivo.

A leitura das coisas advém das diversas sensações e para escrevê-las, não necessariamente, precisamos vê-las, faça a leitura das cores das flores conforme o seu contexto.




sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pôr do sol: término ou início?



Um pôr do Sol discreto, acomodado, este que registrei no meu Nokia ao descer a minha rua by car .

Ele estava lá, no fim da rua, na linha do horizonte, no ponto que a vista alcança, concluindo mais um ciclo na leitura de quem já viveu o dia que está terminando, de quem já cumpriu ou está prestes a cumprir suas obrigações do dia. No entanto, para aqueles que usam a noite como turno de trabalho, ou mesmo de diversão, o sinal é apenas para dizer: fiquem atentos, a noite está chegando...!

É o ocaso, que, caso estejamos do outro lado do planeta, a leitura é alvorada, não por acaso, questão de contexto!

E lá vou eu mais um dia, descendo a rua, para iniciar um outro ciclo de trabalho.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Há 50 anos...

Momentos distantes de mesma leitura, mas de contextos diferentes. Há 50 anos...!

Escolhas: questão de leitura e contexto!


"Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das conseqüências." 

A frase foi atribuída a Pablo Neruda, no entanto, verificou-se no site, a partir do comentário de um leitor, que a atribuição é falsa, portanto, foi corrigida aqui.



Quem já não teve que fazer uma escolha na vida?
Todos nós, não é mesmo?
Pois bem...

Nossas escolhas são concretizadas depois que fazemos a leitura de cada uma das opções de caminhos que a vida nos oferece, às vezes, de caso bem pensado, outras vezes, por impulso, no entanto, em qualquer um dos casos, com certeza, pesa o contexto. E depois disso, resta-nos arcar com o que vem em decorrência dessa escolha. Se fazemos uma boa escolha, bons frutos virão, se nossa escolha for inconsequente, insensata, colheremos frutos apodrecidos. Mas, se essa má escolha serviu pelo menos para nos ensinar a fazer novas escolhas, talvez tenha sido ainda uma boa escolha, mas se continuamos a não perceber isso, merecemos sofrer todas as suas consequências. E, se essas consequências se restrigem a nós mesmos, também digo, menos mal, mas, se deixamos atingir o outro, somos prisioneiros por duas vezes, pois mais difícil será se desvencilhar dessa situação.

Essa frase caiu como uma pluma aqui nesse espaço de leitura e contexto, em outras palavras eu traduziria para a questão do livre arbítrio, quando Deus deixa o homem livre para tomar suas decisões, sendo responsável pelos seus atos.

Mais consciência na hora das escolhas!

sábado, 10 de setembro de 2011

Ideias se completam e transcendem ao tempo



Como viver na atualidade sem novas ideias, sem inovação? Impossível, estaremos condenados ao esquecimento à superação por outrem, em função da competitividade e do próprio contexto tecnológico, mutável e gradativo a cada dia, que se instaurou nas últimas décadas. No entanto, essa preocupação advém de alguém que ainda não tinha experimentado tudo isso, mas que tinha uma visão futurística sublime.

Da Vinci (Sec. XV e XVI) já falava ao mundo dessa necessidade, efervescente na época, não pela competitividade, pois o contexto era outro, estava ele inserido na era das grandes descobertas e invenções e sua performance por demais eclética  cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, pintor, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico, lhe proporcionava a condição de se preocupar com o novo. Era, sobretudo, um observador, daí esse recorte de seu pensamento:

"É preciso observar;
É preciso pensar;
É preciso ter idéias.
Engana-se muito
E realiza o nada
Aquele que pensa pouco."

Saltamos agora para os séculos XX e XXI, com Peter Drucker e percebemos a mesma preocupação com o novo, desta vez realmente inserida no seio da competitividade de mercado, da globalização, tão familiar ao pai da Administração Moderna.

"Todas as inovações eficazes são surpreendentemente simples. Na verdade, o maior elogio que uma inovação pode receber é haver quem diga: isto é óbvio, por que não pensei nisso antes?"

Como dois pensamentos tão distantes entre si no tempo e na sociedade podem se completar e serem tão verdadeiros e atemporais?

Leituras semelhantes para contextos diferentes. Fazendo a leitura do segundo pensamento, vimos que se reporta ao ato de observar, de pensar do primeiro e este ao ato de realizar do segundo, porque não basta ter uma nova ideia, é preciso colocá-la em prática, e aí estamos falando da inovação. Peter Drucker inovou criando "conceitos que fizeram da gestão um campo legítimo de estudos acadêmicos" (Raúl Candeloro) e incluindo a própria inovação como uma necessidade, uma regra na atualidade.

As pessoas e as empresas que estão ilhadas na sua mesmice estão fadadas ao esquecimento. Fazer diferente essa é a nova regra, para não ter que assistir a concretização de uma ideia que você concebeu e não implementou ou para não ter que se perguntar:

"─ Por que não pensei nisso antes?"

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Independência!





Independência!
Será? Onde está?
Fazendo a leitura, ainda há pendência,
Pendência de saúde, de educação, de habitação...
Ainda há tráfico de influência,
Ajeita daqui, ajeita dali, você sabe com quem está falando?
Herança colonial, fardo ainda atual e com muita fluência,
Deixemos de lado, não consideremos.
Consultando o cerne da questão, a veia da essência ,
Resta-nos buscar mais, sempre mais,
Cada um no seu contexto, com consciência e paciência.
Contribuir, dedicar-se e construir,
Seja na sociedade, na ciência ou na docência...
Todos são uma nação, não a deixemos na mão,
Nada de resistência, violência, nem maledicência,
Se a cada dia edificarmos, a cada dia é de ficarmos
Com mais liberdade, mais plenitude, mais independência.
Povo heroico e de braço forte,
Esbanja benevolência e obediência.
Burrice? Panaquice?
Não. Sabedoria! Inteligência!
Com passividade, sem arbitrariedade, queremos:
Do político, eficiência!
Ouve o nosso brado silencioso.
Do governo, consistência!
Somos filhos que não fogem à luta.
Do mundo, evidência!
Somos gigantes pela própria natureza.
Uma nova leitura, Independência! 


AnaLu

domingo, 4 de setembro de 2011

Não vamos exagerar! "Tablet substitui livros."

Apesar de a mídia e os cidadãos já terem explorado o suficiente a mensagem do outdoor veiculada na cidade de Fortaleza, de suas críticas e da réplica da instituição educacional com suas explicações a respeito, vejo-me na obrigação de postar alguma coisa aqui nesse espaço de leitura e contexto.

O fato é que, quem fez a leitura levou literalmente ao pé da letra (aqui a redundância é proposital).

A mensagem está solta, fora de contexto e deu no que deu. No entanto, se o objetivo era chamar a atenção, conseguiu. De repente foi até bom, pois muitos refletiram a respeito, inclusive a própria instituição.

Alguns links na rede no meio de tantos outros:

http://www.rafiado.com/2011/08/tablet-substitui-livros/
http://twitteam.me/wp/2011/08/%C2%ABtweetar-campanha-publicitaria-%E2%80%9Ctablet-substitui-livros%E2%80%9D-httpmigre-me5wywm/
http://www.sincopedigital.com.br/2011/08/tablet-substitui-livros.html
http://blog.opovo.com.br/formulageek/tablets-vao-substituir-os-livros/
http://www.orkut.com/CommMsgs?tid=5641815662183660007&cmm=1651309&hl=pt-BR
http://fun.ly/u6nv
http://professorvirtual.org/blog/blog/tag/tablet/
http://blogs.diariodonordeste.com.br/target/tag/tablet/
http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/tablet-substituir-o-livro-so-no-aspecto-fisico/
http://www.aridesa.com.br/blogs/tablet/

Como vemos, os links acima são provenientes de várias mídias, todas válidas, blog, facebook, twitter, jornal, cada uma dentro do seu contexto. O mesmo podemos considerar para os livros impressos e digitais acessados por eletrônicos e tablets.

Viajando pelo passado, já vimos esse filme antes em relação ao rádio, cinema e televisão. Digo que há espaço para tudo, devemos ter o cuidado somente com o efeito da obsolescência. Conservando a tecnologia para o fabrico e acompanhando a evolução, tudo pode ser conservado para a alegria de todos os gostos. Mas cabe aqui o realce para o livro tradicional, este só requer a visão, nada de aparatos e sofisticações, totalmente acessível e por isso continua esbajando charme com suas variedades encadernações, capas e ilustrações.



Mensagem mal elaborada?
Respondo: sim.


O espaço dessa mídia é pequeno por demais e não cabe mensagem mais explicativa? 
Respondo: nem tanto. 

Haveria outras opções para representar o que realmente a instituição queria dizer?
Respondo: sim.

Quais opções seriam essas?
Respondo várias:

  
Com três palavras, tal como a mensagem original: 
  • Tablet inclui livros.
  • Livros em tablet.
  • Ari usando tablet. 
  • Tablet: mochila leve.
  • Tablet: livros presentes.
  • Ari tabletando livros.
Com até 8 palavras, conforme recomenda a técnica de propaganda em outdoor: 
  • Material didático em tablet.
  • Tudo em um tablet.
  • Toda leitura que você precisa no tablet.
  • Apostila, livro, notas de aula... tudo no tablet.
  • Sistema educacional Ari de Sá em tablet.
  • Futuro já presente: tablet!
  • Ari presente no futuro: tablet!
  • Vá de tablet e tenha todos os livros.
E tantas outras, é só parar cinco minutos e pensar na questão que flui naturalmente.

Na verdade o tablet é um instrumento que viabiliza a leitura de livros digitais. É um suporte tecnológico de alta performance, que, além dessa função de armazenar e acessar livros, existem outras mil, é fascinante, tudo a um simples toque.

Outras postagens em leitura e contexto já abordaram essa questão:

http://leituraecontexto.blogspot.com/2011/08/retorno-e-respeito-as-origens.html
http://leituraecontexto.blogspot.com/2011/06/das-tabuletas-cuneiformes-aos-tablets.html 
http://leituraecontexto.blogspot.com/2010/07/vendas-do-livro-digital-e-sucesso-do.html

O uso do livro tradicional impresso e do tablet como instrumento de acesso a livros digitais vai depender do contexto, o que é relevante nesse caso é a leitura e o conhecimento dela resultante, essa sim deve ser exaltada em primeiro plano.


E viva o livro e a leitura, em todos os seus aspectos!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Os 4P's da nossa vida

Em marketing quando falamos dos 4 P’s estamos nos referindo ao composto de marketing, ou seja, os elementos que juntos compõem as atividades de marketing, originalmente do inglês: Product; Price; Promotion; Place.

Ocorreu na década de 40, quando o Professor Neil Borden, de Harvard, sugeriu a expressão "mix de marketing" querendo se referir às atividades dos profissionais de marketing. Mais tarde, tentando simplificar, Jerome McCarthy criou uma forma prática para facilitar a compreensão das atividades do Marketing e resumiu nas quatro palavras que começavam com a letra P.

O composto de Marketing ficou imortalizado mundialmente como “Os 4 P’s do Marketing”. Para manter o indicativo na sua forma original, os países procuraram fazer a tradução para sua língua mãe, conservando a letra “P” inicial, buscando palavras equivalentes ao sentido da língua inglesa.

No Brasil as atividades que definem o Marketing foram denominadas como: Produto, Preço, Promoção e Praça, que têm os seguintes significados:

a) Produto
Bens, Serviços e Idéias, com suas características, marca, design, embalagem, etc.), que significa satisfazer às necessidades dos consumidores com qualidade;

b) Preço
Valor pago pela melhor relação custo x benefício (incluindo descontos, prazos de pagamento, etc.);

c) Promoção
Propaganda do produto, venda pessoal, promoção de vendas e a divulgação;

d) Praça
Distribuição física, transporte, armazenagem, etc.), refere-se aos canais de distribuição para tornar o produto acessível ao mercado.


Diversos outros autores já tentaram agregar mais P’s aos 4 P’s, mas, Philip Kotler, uma das maiores autoridades em marketing da atualidade, ratifica os quatro elementos e a teoria continua mais viva do nunca. Quem estuda Marketing há de se deparar com os 4 P’s e, tudo mais adiante, fatalmente, girará em torno deles.

Os 4P’s representam uma teoria sedimentada de tal forma que já existem analogias em outras áreas:
• Os 4 P’s da educação dos filhos (Proteção; Punição; Permissão; Potência);
• Os 4 P’s da internet social (Pessoal; Profissional; Privado; Público);
• Os 4 P’s da Administração (Pessoas; Processos; Produtos; Parceiros).

Mas, voltando aos 4 P’s do Marketing, Philip Kotler, define o composto de Marketing como:
[...] “o conjunto de ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos de marketing no mercado alvo”.

É por intermédio dos 4 P’s que as empresas constroem suas estratégias de marketing para conquistar e se manter no mercado.

E, para a estratégia, temos uma máxima do general, estrategista e filósofo chinês, Sun Tzu (544 a.C), autor do livro A Arte da guerra, muito estudado e aplicado na atualidade, na área de Administração:

“Estratégia é a arte ou ciência de saber identificar e empregar meios disponíveis para atingir determinados fins, apesar de a eles se oporem obstáculos e/ou antagonismos conhecidos."

A definições dos autores aqui colocadas são propositais, contextuais, para verificarmos que podem ser aplicadas às vidas das pessoas. Estamos sempre nos organizando e nos preparando para viver a vida, sempre temos metas a cumprir por intermédio de objetivos estabelecidos e é comum nos depararmos com obstáculos, os quais buscamos vencer a nossa maneira, construindo estratégias específicas para cada um deles.

Trazendo esses quatro elementos para a nossa vida, para o nosso contexto, podemos fazer a seguinte leitura:

Produto: eu, o que sou, como sou, o que sei fazer, o que tenho, minha performance, minhas características, meus diferenciais diante dos outros.


Preço: minha conduta, minha ética, minha moral, minhas condições de aceitar/recusar algo, de fazer ou não fazer algo, tudo que é diretamente proporcional ao produto.


Promoção: minha abertura para as coisas que me cercam, minhas relações interpessoais, minhas ações, meu comportamento, a maneira como me exponho na sociedade, minha interação com o meio, meu marketing pessoal.


Praça: o meio onde me situo para me expor e mostrar o que sou, o que tenho e o que sei fazer para atender às necessidades desse meio (dos outros, na família, empresa onde trabalho, grupo social que frequento, religião que professo).




Depois dessa exposição é bom verificarmos como andam os nossos P’s, se precisam ser equilibrados, afinal, sempre estamos buscando melhorar e nada adianta ter um bom preço se não há promoção, ter uma excelente praça, mas o produto não é confiável, portanto, vamos à luta, mexer no mix de marketing e, se preciso for, correr atrás do prejuízo.

sábado, 20 de agosto de 2011

O ato de escrever

"Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias." (Pablo Neruda)

O que realmente o poeta chileno, Pablo Neruda, quis dizer com essa frase?

Há quem pense que basta iniciar para que as ideias fluam e depois é só uma questão de encerrar.

Outros já são partidários de que se trata de uma ironia, ou seja, escrever é difícil, pois no meio é que se encontra a dificuldade, qualquer um pode iniciar e terminar um texto, no entanto, ele só será digno de uma boa crítica se o meio, o miolo, o desenrolar da história, do pensamento estiver realmente benfeito.

Fazendo a leitura, sou partidária do segundo contexto, e vou por aí me atrevendo a escrever.


Outras frases sobre o ato de escrever:

"Ou escreves algo que valha a pena ler, ou fazes algo acerca do qual valha a pena escrever." (Benjamin Franklin)

"Somos todos escritores. Só que uns escrevem, outros não." (José Saramago)

"Escrever é deixar uma marca. É impor ao papel em branco um sinal permanente, é capturar um instante em forma de palavra." (Margaret Atwood)


"O gosto pela escrita cresce à medida que se escreve." (Erasmo de Rotterdam)


"Escrever é ter coisas para dizer." (Darcy Ribeiro)

"Escrever é um ato de liberdade." (Martin Amis)



"Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém." Provavelmente a minha própria vida. (Clarice Lispector)


"Procura o que escrever, não como escrever." (Sêneca)



 

Retorno e respeito às origens


Muito salutar o vídeo intitulado "Book", disponível no Youtube. Podemos verificar nos comentários que se seguem logo abaixo, a dualidade da questão: dos que são a favor do retorno e respeito às origens e da geração tecnologia, que vê o formato decorrente da imprensa de Gutemberg, como algo ultrapassado, que já deu o que tinha que dar.

O vídeo faz menção às potencialidades do livro como um instrumento extraordinário e revolucionário. É como se estivéssemos sendo apresentados a uma nova maravilha tecnológica e, a linguagem para tanto, ressalta os requisitos técnicos e operacionais inerentes ao produto Book. E olha que são tantos!...

Realmente, ao analisarmos cada ponto ressaltado, vimos que as ideias posteriores lhes são decorrentes, além de ter a vantagem de ser autofuncional.

Para a geração que nasceu high tech, convivendo com todas as ferramentas informacionais tecnológicas de hoje, assistindo e acompanhando a rápida evolução desses instrumentos, já se habituou com o contexto das diversas formas de linguagens e leituras e suas respectivas plataformas e, mesmo tendo que ainda conviver com a forma tradicional, aquelas lhes são preferentes.

Mas, se você gostou da ideia de voltar à origens, de valorizar o livro e condecer-lhe o papel de verdadeiro instrumento para leitura, entretenimento e aprendizado, de facílimo acesso, mãos à obra! As editoras continuam a publicar, as livrarias continuam a vender e a bibliotecas continuam a emprestar.

Podemos conviver com os dois lados da questão, o tradicional e o tecnológico e adotar um conforme o contexto, o que vale na verdade são as informações que conseguimos assimilar por intermédio da leitura e transformá-las em conhecimento, agregando as nossas experiências de vida.

Vamos assistir Book! É espetacular!

Faça a sua leitura!


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cresce mente!

"A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original." (Albert Einstein)


Quando estamos abertos a receber coisas novas, captamos com mais facilidade os dados, conseguimos gerar informação e transformamos isso em conhecimento. A mente de outrora, jamais será a mesma, porque evoluiu, cresceu, se expandiu... Impossível voltar ao status quo inicial. Sempre estamos evoluindo, a vida é um constante aprendizado que pode ser mais ou menos produtivo, dependendo dessa abertura, dessa aceitação.

Estar aberto ao novo é romper com velhos paradigmas, é transformar algo que vem sendo pensado ou feito há tempos, do mesmo jeito, sabe-se lá porque, em algo melhor, mais grandioso, mais abrangente.

A nossa mente é um grande arquivo, há lugares esquecidos, empoeirados, em que guardamos exemplares únicos, preciosos, estáticos, permanentes, mas que podem ser resgatados a qualquer tempo, a partir de um simples toque, indício ou vestígio. Em outros compartimentos mais transitórios, reservamos para conteúdos de repouso temporário, que, dependendo da seletividade, podem ir em seu devido tempo para a ala dos permanentes, ou,  fazendo oposição a estes, serem descartados, esquecidos, por já não serem mais necessários, talvez pela obsolescência. Em um plano mais efervescente nos deparamos com um "entra e saí" de novidades, itens bem efêmeros, consumíveis, que duram o tempo mínimo necessário para que sejam transformados em algo mais duradouro ou descartado para sempre.

Não sei o que me deu, mas fui falar de mente e terminei em arquivo. Acho que levei muito em consideração a epígrafe, daí minha mente resgatou algo muito presente em meu contexto e imediatamente o transformou em algo novo, peguei teoria pura, fiz a leitura e associei à prática. Valeu Einstein!


sábado, 16 de julho de 2011

Lugar de Kennedy é com Kennedy!

Circulou na quinta-feira última, 14 de julho, em diversos endereços na rede, a notícia "Família Kennedy avalia lugar de Robert na biblioteca presidencial".

O teor principal da matéria no Ultimosegundo.ig, que se repete na íntegra em vários sites, é:

"Parentes não sabem onde colocar 63 caixas de arquivos de Robert Kennedy, que foi senador e procurador geral dos EUA.
Conforme os arquivistas da Biblioteca Presidencial John F. Kennedy, em Boston, se preparam para tornar públicas 63 caixas de documentos e trabalhos de Robert F. Kennedy, os integrantes da sua família estão pensando sobre onde eles devem ser colocados e considerando mudá-los de local por acreditarem que a biblioteca presidencial não fez o suficiente para honrar o legado do irmão mais novo".

Faltou acrescentar à matéria algo que pudesse promover uma discussão de conteúdo em relação à temática científica que envolve a questão, se tivesse ocorrido, talvez o rumo das decisões fosse outro.. Temática? Mas, qual temática?

Por trás das questões familiar, social e política, há a questão científica. Em se tratando de arquivo, sabemos que devemos seguir os princípios da Ciência Arquivística (proveniência, organicidade, indivisibilidade, cumulatividade), pois, do contrário, o arquivo é descaracterizado, quebrando as interrelações entre os documentos, comprometendo a compreensão dos fatos. Os documentos de arquivo trazem a informação registrada, que foi produzida ou recebida por pessoas ou organizações, no decurso de suas atividades, sejam públicas ou privadas. Essas informações se acumulam em uma ordem natural e, somente dessa forma, mantendo a sua originalidade, é possível fazer a leitura, compreendê-las e estudá-las, com vistas à elucidação dos fatos.

Mesmo sem ter acesso a esses documentos, podemos concluir que registram detalhes da passagem pública do Senador na vida social e política dos Estados Unidos. Talvez, mesmo se pessoais, também façam parte de um contexto maior e, por isso, não podem ser isolados e encaminhados para custódia em outra instituição. Além do que, levando-se em conta a Família Kennedy, que em si já era um clã político, a atuação de Bob Kennedy no cenário estadudinense foi diretamente ligada a do seu irmão JFK. Bob era conselheiro do presidente daquele país, John F. Kennedy.


Essas 63 caixas não podem somente por elas mesmas contar uma história com sentido completo e, por outro lado, devem estar fazendo falta às demais já sob custódia da Biblioteca Presidencial, portanto, reunidas, irão compor um todo mais compreensível que, com certeza, contribuirá muito mais para a pesquisa e história do país. 

Vamos torcer para a reunião desse acervo, os pesquisadores e a Arquivística agradecem.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Acidental, importante ou essencial? Questão de tempo!

O Professor Marins Filho, Antropólogo, Palestrante, Comentarista Empresarial e de Negócios, em vídeo intitulado Motivando para Vencer I, discorre acerca do que diferencia o homem dos outros animais, apontando para a inteligência e a vontade. O autor diz que a inteligência é o farol que ilumina o caminho, mas o que faz caminhar é a vontade. O homem é livre pela vontade. Como não temos domínio sobre o passado nem sobre o futuro, o único tempo que nos pertence é o tempo presente. Viver é concentrar a inteligência e vontade no momento presente - aqui e agora. Por esta razão precisamos definir o que é essencial, importante e acidental em tudo que fazemos e é a inteligência que coloca a ordem.

Assisti a este vídeo no início dos anos 90, ainda em VHS, é claro, fazia parte do acervo da Biblioteca do então Banco do Estado do Ceará, o nosso antigo BEC. Uma delícia de palestra, cerca de uma hora, que prende sua atenção do início ao fim, faz você refletir e tirar algumas conclusões e muitos proveitos. O quanto gostei, foi o tanto que divulguei. Naquela oportunidade, promovia sessões na sala interna da Biblioteca, compartilhando com os colegas. Divulguei na família, com os amigos e ainda o faço até hoje.

Mas, voltando ao conteúdo do vídeo, dentre as várias questões colocadas, destaco a hierarquização que ele propõe para o uso do tempo durante a nossa vida, categorizando em três níveis as nossas tarefas, compromissos e atividades em geral:

• Para o que é essencial - "devo fazer imediatamente";
• Para o que é importante - "devo fazer depois que concluir o que é essencial";
• Para o que é acidental - "devo fazer depois que concluir o que é essencial e o que é importante".

Fazendo a leitura dessa classificação, percebemos que ela se aplica tanto no contexto do trabalho, como em qualquer atividade da nossa vida pessoal, pois sempre há, na nossa lista de afazeres, as prioridades. No entanto, às vezes, alteramos essa ordem e damos preferência à execução do que é acidental, talvez por ser mais cômodo ou atrativo, daí alteramos o curso normal e as coisas começam a não dar certo. Como usamos nosso tempo e nossa atenção com o que é acidental, deixamos de fazer o que era essencial e isso pode acarretar em algum problema.

O acidental, de fato, é o vilão da história, também nos ocupa quando ocorre um imprevisto, se muito sério, pode passar a ser importante ou até essencial e ter que ser executado de imediato.

Administrar o tempo não é tarefa fácil. Tempo é um recurso escasso, Peter Drucker é taxativo: "Tempo é o recurso mais escasso e, a não ser que ele seja gerenciado, nada mais pode ser gerenciado." Portanto, vamos nos programar para o dia que vai se iniciar estabelecendo uma ordem e definindo prazos de cada atividade seja essencial, importante ou acidental, seja no trabalho, no lazer, seja na família. Lembrando que, se o importante não for feito no seu devido tempo, ele pode passar a ser essencial e aí tem que ser feito mesmo, ainda com o agravante e a possibilidade de estar tomando o tempo do que, por sua vez, já era essencial e já estava na lista de prioridades.

Pensar em tempo é estressante? Eu diria que mais estressante é perder tempo e deixar as coisas por fazer, com o peso na consciência e a "opção" de ter que fazê-las a qualquer custo. Estamos o tempo todo perdendo tempo... se há tempo, façamos no tempo, se não há tempo corramos atrás do tempo, o tempo não volta e, volta e meia, quando percebemos, já não há mais tempo.

Retomando o início, vamos usar nossa inteligência e nossa vontade para usar bem o nosso tempo. Afinal, a vida é curta, vamos viver o presente e fazer o que tem que ser feito.

Publicado originalmente em: http://www.pelosbaresdavida.com.br/ana_luiza_acidental_importante_ou_essencial.htm


domingo, 10 de julho de 2011

"A bússola do escrever"

"E quando não temos ciência, necessariamente impera o senso comum e a intuição, carregados de ideologias".

Afirmação de Ana Maria Netto Machado, em "A bússola do escrever", diretamente da minha estante.


MACHADO, Ana Maria Netto. A Relação entre a autoria e a orientação no processo de elaboração de teses e dissertações. In: BIANCHETTI, Lucídio; MACHADO, Ana Maria Netto (Org.). A Bússola do Escrever: desafios e estratégias na orientação de teses e dissertações. 2.ed. Florianópolis: UFSC; São Paulo: Cortez, 2006. p.45-66.


Encantei-me com a obra, uma coletânea organizada por Lucído Bianchetti e Ana Maria Netto Machado (ambos também contribuem com seus trabalhos), tratando exclusivamente da questão da orientação dos docentes junto aos mestrandos e doutorandos. Muitas experiências relatadas, tudo em prol da produção científica.

A tarefa de orientação é árdua, sei muito bem disso, não por ter sido orientadora, mas por ter acompanhado muitos nessa trajetória,  enquanto bibliotecária, ora buscando e indicando bibliografia, ora ajudando na construção do raciocínio,  ora comentando sobre a metodologia, até o auxílio na formatação final.

Os organizadores e colaboradores de "A bússola do escrever" expõem em seus textos as dificuldades durante esse percurso para ambos os sujeitos envolvidos: orientador e orientando, trazendo suas experiências na atividade e os pontos críticos, o processo de orientação/pesquisa/escrita.

E, retomando o início desse post, fazendo novamente a leitura, vê-se a importância da afirmação da autora, pois todo trabalho científico é constituído da tríade: epistemologia, metodologia e normalização. Esse é o curso normal para que seja aceito na comunidade acadêmica, é dessa forma que se registra e se divulga o conhecimento e, por conseguinte, a sua evolução, pois, quando analisado pelos pares, sempre haverá quem acrescente algo ou refute. É nesse contexto que temos ciência.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Cenário bibliotecas


O que faz um escritor escolher uma biblioteca para ser o cenário de sua trama de ficção?

Afinal são tantos e tantos livros que usam bibliotecas como motivo ou pano de fundo, seja para o desenrolar de uma história policial, de terror, de aventura ou seja lá do que for... As bibliotecas são carismáticas e atraentes nesse sentido, haja vista a infinidades de títulos à disposição no mercado editorial:


Em poucos minutos, visitando sites de algumas livrarias detectei muitos deles, alguns até já esgotados.

A maioria atende ao público infanto-juvenil, mas há também romances, crônicas e contos para adultos e livros não ficção ("A biblioteca à noite", Biblioteca de Alexandria", "A conturbada história das bibliotecas", "A longa viagem da biblioteca dos reis"), os quais contam a sua evolução e trajetória, o legado que elas deixaram para a Humanidade e outros assuntos polêmicos e de reflexão relacionados à História e ao tema.




 
  




Daí eu pergunto:

Será a familiaridade que temos com ela?
Ou
Será por ser um ambiente ainda desconhecido para muitos e, por isso, se torna curioso, atraente e cativante?

O fato é que os corredores, as estantes, as prateleiras e, essencialmente, os livros e seus autores se encarregam de tornar o ambiente convidativo.

Cheio de mistérios?
Ou
Que desvenda mistérios?

Imaginem a discussão que deve ocorrer à noite, no meio do silêncio, da quietude e da ausência dos usuários, entre os filósofos que se opõem, entre os cientistas em relação às novas teorias que refutam as anteriores, entre os autores de diversos países, uma verdadeira torre de babel na comunicação!
Ou
Talvez haja paz, quando no descanso do intelecto, os escritores buscam pistas dos seus leitores, tentando ouvir a alma de cada um, para sentir o que agradou ou o que desagradou.

Acho que essa é a questão: o ambiente é rico em detalhes, para cada escritor/leitor, um contexto, atendendo às duas tendências, conforme a leitura de cada um.

São tantos os títulos que incluem a biblioteca na sua descrição, mas ainda há e haverá espaço para mais outros tantos, pois o proprio autor é "vítima" da sua criatividade, ele, por sua vez, já foi e ainda é bom leitor e leitor que se preza viaja, garimpa, imagina, sente... E os que mais exercitam esses verbos se dão ao "trabalho" de registrar tudo minuciosamente, é daí que nasce o escritor.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Calímaco e a obra de referência

Calímaco de Cirene (294-224),  foi designado bibliotecário pelo Faraó Ptolomeu II, cargo que ocupou por 20 anos na Biblioteca de Alexandria. Ele foi o criador do primeiro catálogo sistematizado, organizando 490.000 rolos de papiros, para elaboração de um catálogo por assunto, onde constaria por essa ordem, os nomes dos autores alfabeticamente organizados.

O trabalho de Calímaco foi concluído por Aulo Gélio (120-175) e Amiano Marcelio (330-395), que organizaram mais 700.000 rolos. Segundo a história, todas as obras de Alexandria, mais de um milhão de rolos de papiro, foram catalogados em 120 volumes, os Pinakes, com a descrição em ordem alfabética de autores e uma breve biografia de cada um.

Considerando o contexto da época, Calímaco iniciou, assim, a ordem do caos. Antes dele, somente por sorte alguém seria capaz de encontrar um texto específico.

A leitura atual que fazemos de tudo isso é que a obra de referência, na concepção de ajuda ao leitor, remonta à Antiguidade e, sem dúvida, Calímaco, como bibliotecário, deu sua contribuição.